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Bolsa: As 5+ e 5- de outubro

31 out 2018, 20:16 - atualizado em 31 out 2018, 20:16

Mercados

Em um mês conturbado pelos dois turnos das eleições presidenciais no Brasil, o Ibovespa terminou o mês com uma valorização de 10,18% no mês, enquanto o dólar despencou 7,8%. Além das primeiras articulações sobre o Governo Bolsonaro, os investidores viram o aumento na percepção de risco global, com sinais mais evidentes dos impactos da guerra comercial entre China e Estados Unidos.

Além disso, como lembra o time de analistas do BB Investimentos, as questões geopolíticas envolvendo Arábia Saudita, assim como um agravamento da crise na Itália, estiveram presentes.

“O cenário para emergentes se tornou mais duro, não apenas por conta da guerra comercial, que enfraquece a China e reacende temores de hard landing por lá, mas com maiores possibilidades de elevação de juros nos EUA, dado que pressões inflacionárias são esperadas com o alívio fiscal”, destacam em um relatório de perspectivas enviado a clientes nesta quarta-feira (31).

A seguir, acompanhe as 5 maiores altas e quedas das ações do Ibovespa neste mês:

Smiles

Smiles

A Smiles (SMLS3) foi derrubada neste mês por uma espécie de “fogo amigo”.Uma proposta de reorganização societária da Gol (GOLL4), sua controladora, que envolve a não renovação do contrato a partir de 2032 e a incorporação do programa de fidelidade, caiu como uma bomba sobre os acionistas. A queda foi de 21,58% no mês.

“Há ainda muitas dúvidas em relação à transação (em especial, sobre a relação de troca de ações entre Smiles e Gol)”, explica a Elite Corretora em um relatório enviado a clientes.

Em teleconferência com analistas, o diretor financeiro da Smiles Fidelidade, Marcos Pinheiro, afirmou que a empresa não trabalha com uma data para eleger o Comitê Especial Independente que analisará as condições da potencial reorganização societária da Gol mas tão logo o conselho de administração chegue a um acordo de quais são os nomes que vão agregar bastante na análise da transação, isso será prontamente comunicado ao mercado”.

Além disso, a empresa apresentou nesta semana um lucro líquido de R$ 212,1 milhões, queda de 37,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

Para o BTG Pactual, os números mostraram um forte crescimento no faturamento, de 17,6% na base anual, para R$ 588 milhões, ficando 0,5% acima do esperado pelos analistas do banco. Já receita bruta pro-forma (de acordo com os antigos padrões contábeis) foi de R$ 591 milhões, avançando 21% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, 4% acima do esperado pelos analistas. Já o lucro líquido ficou 1,5% abaixo do esperado pelo BTG.

Os demais destaques de queda do mês foram:

Suzano (SUZB3): -18,07%
RD (RADL3): -13,36%
Ambev (ABEV3): -10,47%
Pão de Açúcar (PCAR4): -9,19%

Gol

A algoz da Smiles, por sua vez, anotou um ganho de 60,14% no mês. A Gol (GOLL4) ganha com um dólar mais baixo, queda de quase 8% no mês, e perspectivas de um real mais forte adiante.  Amanhã, antes da abertura das bolsas, a companhia vai divulgar o resultado do terceiro trimestre do ano.

O consenso do mercado aponta que a aérea deva registrar prejuízo de R$ 0,32 por ação, depois de apurado lucro de R$ 0,94 no mesmo trimestre do ano passado, sendo que a aposta era de R$ 0,51 por ação. Já o faturamento deve ser de R$ 2,91 bilhões, contra R$ 2,72 bilhões de um ano anos.

No segundo trimestre do ano, a companhia registrou prejuízo líquido por ação de R$ 3,80, em um cenário que era esperado perdas de apenas R$ 0,51. No período, o faturamento foi de R$ 2,35 bilhões.

XP Investimentos estima que a Gol registre no terceiro trimestre receitas de R$ 2,919 bilhões, o que representa uma alta de 7,4% na base anual, mas deverá encerrar o período com prejuízo de R$ 289 milhões, depois de lucrar R$ 488 milhões entre julho e setembro de 2017.

Os demais destaques de alta do mês foram:

Cemig (CMIG4): +46,88%
Eletrobras (ELET3): +41,99%
Eletrobras (ELET6): +36,06%
Banco do Brasil (BBAS3): +36,02%

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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