Sustentabilidade

Boi orgânico com marca Biocarne agora em kits pré-prontos circulando no delivery de São Paulo

16 out 2019, 11:31 - atualizado em 16 out 2019, 12:29
Carnes
Carne orgânica, de boi produzido sem agentes químicos, amplia base de distribuição (Imagem: Pixabay)

O avanço da carne bovina orgânica do Mato Grosso do Sul, depois do impulso dado pela jovem marca Biocarne, diretamente em pontos de venda, agora vai aproveitar uma nova frente de negócios pela diversificação dos canais de distribuição. Nessa cadeia que começa no boi pantaneiro sustentável vai entrar uma empresa paulistana que atende só pela internet, entregando kits de refeições e porcionamentos pré-prontos.

A Liv Up já adquiriu 4 toneladas de carnes, fornecidas pelos criadores da Associação Brasileira de Pecuária Orgânica (ABPO), que estarão nos cardápios oferecidos pela empresa ou vendidos como itens individuais.

Já presente no segmento de comida saudável, usando muitos ingredientes orgânicos, agora a Liv Up passará a ter garantia regular de carne sem resíduo químico algum (seja pela ração, pelo pasto sem adubação e por medicamentos), do rebanho assentado no Pantanal, hoje com 50 mil cabeças.

“Todo esse processo de diversificação dos canais também é um forma de tornar cada vez mais acessível a carne orgânica e ampliar os mercados geográficos”, explica Leonardo de Barros, presidente da ABPO. Há quatro meses a estratégia começou com o lançamento da Biocarne, pertencente à entidade.

O Naturafrig, de Rochedo, faz o ciclo completo do abate à embalagem, e o Boi Bras, de São Gabriel do Oeste, agora tem o apoio de uma planta de desossa e porcionamento da Biocarne. A parceria com ambos, diferenciada de acordo com a participação de cada do processo produtivo à comercialização, tem como base o prêmio de 10% a 15% do boi orgânico sobre a referência Cepea/Esalq (coluna B3).

O abate semanal dos criadores da ABPO, praticamente todos no ciclo completo (cria, recria e engorda), varia de 400 a 600 animais.

Para Barros, a entrada mais forte da ABPO no processo foi importante, segundo Barros, para que o “boi fosse mais usado”, ou seja, além de cortes nobres, aumentou o aproveitamento por cabeça, conseguindo hoje chegar ao varejo a preços de cortes comuns entre R$ 25,00/30,00 o kg.

“Também a partir da experiência bem sucedida de Campo Grande, pudemos perceber que podemos entrar em cidades médias do interior do País, e não apenas nos grandes centros e capitais”, avalia o pecuarista orgânico, acentuando que “consumidor antenado, que quer um carne saudável, está bem espalhado”.

A ABPO e a Biocarne, portanto, estão procurando parcerias com indústrias de outros estados, enquanto avança no novo conceito de distribuição do recente acordo comercial com a Liv Up.

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