Boi: mercado futuro anda para trás e mercado físico anda para frente
O boi no físico vai mantendo alguma regularidade de alta, mas a B3 não decola. Cai. E já há quem diga que o segundo semestre morreu para o contrato mais negociado, o outubro. Sem China e as prometidas e não vistas novas plantas habilitadas, mais nova leva de derrama de animais a termo, a entressafra nos futuros leva jeito de ficar para trás nos mercado futuros.
Na última parcial desta terça (13), o vencimento de outubro perdia R$ 0,60 e rompia para baixo os R$ 160,00/@. Estava em R$ 159,00.
Apesar da posição mais negociada na bolsa, o contrato está sendo vendido com o mercado examinando que a oferta estará folgada. Além do termo, interlocutores pecuaristas de Gustavo Resende Machado, da Agrifatto, estão vendo os confinamentos próprios dos frigoríficos cheios de bois para sair daqui dois meses.
O agosto, prestes a ser liquidado, registrou mais negócios.
A situação de baixa liquidez da B3 também deve começar a ser revista, em entendimento com os gestores, o Cepea/Esalq (responsável pelo indicador) e vários grupos de pecuaristas e consultores, como gente do GPB, Assocon, AgroAglity e AgroBrazil, entre outros.
Físico
São Paulo veio com alta de mais R$ 0,50 nas indicações registradas pela Scot, livre de Funrural, a R$ 153,50 à vista e de R$ 155,50 a prazo.
Na média, os negócios com boi commodity é normal os R$ 155/157 brutos. Daí para cima entram animais de melhor qualidade e os bonificados com China e Europa.
A oferta é curta em todas as regiões, mas ainda também tem gente vendo melhora por causa do escoamento mais acentuado pela semana do pagamento e Dia dos Pais.
No Mato Grosso do Sul, onde as escalas estão em 3 dias, na metade média de São Paulo, venda a R$ 145,00 bruto está em linha, com o mercado mais enxuto de todos.