Boi gordo melhora na B3, mas encontra resistência para sustentar expectativas mais longas
Houve uma melhora nos contratos futuros do boi gordo na B3 (B3SA3) para os contratos mais longos, especialmente o outubro, mas a liquidez e a precificação sobre a expectativa do spot ainda expressavam algumas incertezas.
Por hora, os ajustes são mais técnicos – o mês 10 perdeu os R$ 218 de mais cedo e agora (11h55), nesta quarta (15), transita em R$ 217,65, pouca coisa acima do vencimento setembro,
Medida pelo número de contratos em aberto no mercado futuro, de 18.095 ontem no outubro (caiu 601), a liquidez é considerada dentro da curva, segundo Yago Travagini, consultor da Agrifatto.
Enquanto as cotações, incluindo o contrato de setembro, estão sem ágio, avalia Felipe Simonsen, da Guide Investimentos, para quem “os participantes estão preferindo se posicionar nos vencimentos mais curtos”. Tanto que a pressão dos frigoríficos, que tentaram frear a altas de até R$ 16 a @, em junho, voltou a perder força.
Pelo cenário de momento, indica-se crescimento do confinamento do segundo giro, mas menor que em 2019 – pela disponibilidade mais curta de animais – e expectativa de continuidade das importações chinesas, fatores que dariam suporte ao físico de R$ 230 a @ nas indicações da Agrifatto. Mesmo assim Travagini pensa que os traders estão ainda fazendo cálculos cautelosos.
Há também a pandemia e as incertezas refletidas nas economias e a concorrência com outras proteínas pesando nessa balança.
O mercado de opções teve bom crescimento nos últimos dias, mas fica difícil quantificar o quanto é hedge e o quanto é especulação, avalia o profissional da Agrifatto.