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Boi futuro na B3 não tem amparo no segundo semestre nem com a “PEC kamikaze”

13 jul 2022, 14:10 - atualizado em 13 jul 2022, 14:25
Boi Gordo Nelore Pecuária de corte
Boi gordo não apresenta sinais de melhora no mercado futuro interno

Em cinco sessões na B3 (B3SA3) o boi gordo perdeu R$ 5 no agosto e próximo disso no setembro, isso se contar apenas da breve e modesta interrupção do rali de baixa do dia 5.

Nesta quarta (13), a sangria prossegue e o mercado futuro não está mais otimista como até final de junho, acredita Gustavo Resende Machado, analista da StoneX.

Para cada um daqueles contratos, as perdas são, pela ordem, de 0,31% (R$ 324,00) e de 0,46% (R$ 327,15), às 14h05.

Além da esfriada no físico, com a escala dos frigoríficos andando e pressionando preços, como diz Machado, todos os vencimentos entregam as dúvidas gerais em relação à mistura de mercado interno sem chances de recuperação, exportações comportadas no segundo semestre e um ciclo de maior oferta de boi, também a partir de agosto.

Adicionados à entrada do período eleitoral, acrescentando mais temores quanto à polarização política e a crise econômica mundial – mesmo com os efeitos esperados no consumo, pelo governo, da “PEC kamikaze” -, os investidores também estão tirando posições futuras.

De certa forma, o cenário acompanha também o mercado acionário, com fuga de recursos dos ativos de risco, lembrando que entre os derivativos, o boi é o que tem o maior grau de dependência do consumo doméstico, a despeito das exportações.

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