Boi: em 2 meses, produtores e frigoríficos vão lutar pelo piso das cotações
Os produtores de boi têm dois meses, no máximo, para evitarem que as altas dos preços esperadas com a entrada mais forte da estiagem não saiam de um patamar muito baixo.
Quanto maior o piso, melhor.
Por ora, os frigoríficos estão aproveitando a oferta mais gorda, com os animais da safra das águas e o descarte de fêmeas depois da estação de monta, é mantêm a fervura em fogo baixo.
Concorre para o enfraquecimento do boi gordo a valorização do real, apesar da alta das exportações de carnes bovinas em março (203,4 mil toneladas) de 28%, sobre março 21, e do aumento de 19% para a China (103,6 mil/t), mas com menor vigor sobre fevereiro.
Na média paulista, teve negócios nesta sexta (8) no pico a R$ 330, embora tenha gente que pontuou o comércio já em R$ 325.
Todos os indicadores e referências do mercado estão com viés de baixa.
Quanto mais as indústrias conseguiram alongar as escalas e derrubarem as cotações melhor será para quando os pastos começarem a secar e a oferta apertar, pois a régua estará mais baixa.
Até lá, os produtores terão que manejar suas necessidades de vendas com o manejo do gado, escoando os animais sem que também deixem tudo para a última hora da entrada da seca.