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Boi confirma reação, mas ritmo ficará limitado enquanto durar ausência chinesa

08 nov 2021, 17:05 - atualizado em 08 nov 2021, 17:14
BOI
Ração mais barato está ajudando um pouco mais a manutenção do boi, à espera da melhoria dos pastos (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A recuperação do boi tomou um pouco mais de forma nesta segunda (8). Essa possibilidade existia ao final da semana anterior, quando a @ já se mostrava com melhor resistência às pressões, e acabou se confirmando por alguns indicadores.

Naturalmente que sem o suporte da demanda chinesa, ainda sem acionar seus fornecedores há mais de 2 meses, sempre haverá limitação.

A Scot Consultoria, sempre trabalhando no piso mais baixo dos levantamentos do mercado, deu mais R$ 2 ao preço para São Paulo, indo a referência a R$ 261.

A Agrifatto manteve os mesmos R$ 263 da sexta. Porém, no último dia da semana, a consultoria registrou bom alcance de valorização, quase 1,95%.

Como são preços mínimos, pode-se prever que a média voltou a rondar os R$ 270. Ou, pelo Balizador GPB Datagro, os R$ 273,65, com bons 2,18% de expansão.

O apoio do mercado atacadista, em torno de R$ 17,50 o kg, está determinando a recuperação, pelo otimismo de demanda levemente mais aquecida na entrada do mês, além da chegada da primeira parcela do 13º salário.

Mas é fato, também, que melhora as expectativas para os produtores se encorajarem, encurtando a oferta aos frigoríficos. Em algumas regiões, como em Goiás e parte do Mato Grosso do Sul, as pastagens estão melhorando com as chuvas.

Em Goiás, há expectativa de que em dezembro já haverá mais boi de pasto, como diz fazendeiro Renato Espiridião.

No Mato Grosso do Sul, em parte da região de Aquidauana, a ajuda no otimismo vem da queda dos preços das rações, que tem ajudado a dar folga nos custos de alimentação dos animais, concorda Frederico Stella. Ele também vê alguns pontos de recuperação mais acelerada do capim.

Nesse cenário, alguns produtores começam a testar segurar mais os animais.

Mas ainda não uniforme. No Pantanal, Júnior Sidoni, ainda não observou 20% da área com pastagens mais volumosas.

Para o gado da região, ele está esperando os compradores a pedirem R$ 300. O JBS (JBSS3) pulou dos R$ 270 para os R$ 280, e hoje foi para R$ 285, diz ele, que acredita em escalas de três dias no grupo frigorífico mundial.