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Boi: Como funciona o ciclo pecuário e como ele deve influenciar os preços da carne bovina em 2025?

06 ago 2024, 18:59 - atualizado em 06 ago 2024, 18:59
boi carne bovina
Inversão de ciclo do boi em 2025 deve implicar em maiores preços para carne bovina e beneficiar outras proteínas animais (Imagem: Money Times – Informações: Safras & Mercado)

Durante o Salão Internacional de Proteína Animal (SIAVS), Fernando Iglesias, analista da Safras & Mercado, explicou que 2025 será um ano de inversão do ciclo do boi. Mas o que isso significa?

Na prática, o próximo ano será um período com uma menor produção de carne bovina no Brasil, o que por sua vez, implica em maiores valores para arroba e carne, cenário positivo para os preços. “Como o brasileiro tem uma preferência por essa proteína, as carnes de frango e suína vão ter uma melhor posição no mercado doméstico”, explica.

Influenciando dinâmicas de oferta e demanda, há baixa no ciclo do gado quando ocorre um aumento na oferta de bezerros e aumento do abate de fêmeas, reduzindo preços da arroba do boi gordo, boi magro e bezerro. Por sua vez, no período de alta do ciclo, como deve ser visto em 2025, a redução da oferta de fêmeas e bezerros provoca um aumento nos valores do boi gordo, boi magro e bezerro.

O que esperar para as exportações de carne bovina em 2025?

Em 2024, os abates de bovinos vão atingir 37,008 milhões de cabeças, o que deve implicar na maior produção de carne bovina do Brasil em um ano. Segundo Iglesias, apesar de não ser o maior volume de abates da história, foram os avanços zootécnicos que vão permitir essa produção recorde.

“Para 2025, está prevista uma redução da disponibilidade interna (-0,88% ante 2024), mas as exportações vão continuar muito agressivas. O Brasil é a melhor alternativa para fornecimento de carne bovina, com base em capacidade produtiva, demanda global, atenção ao consumidor e parcerias comerciais”, pontua.

Apesar disso, o setor de carne bovina do Brasil é extremamente dependente das importações da China, que responde por 44% do que exportamos, contra apenas 8% dos Estados Unidos. “Precisamos diversificar e deixar de colocar todos os ovos na mesma cesta. O dólar mais elevado torna o momento extremamente favorável para os exportadores”.

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