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Boi avança a semana pressionado com menor apetite dos frigoríficos

02 jul 2019, 18:06 - atualizado em 02 jul 2019, 18:43
Boi Agronegócio
Mercado interno segue lento e tira mais ainda a firmeza da @ (Imagem: Pixabay)

Os negócios com o boi já deixaram de aproveitar a semana de pagamento, quando era tradicional os frigoríficos comprarem um pouco mais antes que a recessão ganhasse fôlego neste ano, e nos últimos dias houve acomodamento da busca pelo ‘boi China’ que havia sido represada durante a paralisação dos embarques. As escalas de abate andaram e o produtor ficou um pouco mais pressionado.

Depois que a @ passou dos R$ 160,00, sobretudo no boi preferido pelos chineses (30 meses e até quatro dentes), os compradores voltaram a testar a baixa. Na média de referência de algumas consultorias, nesta terça (2) o boi gordo comum ficou entre R$ 154,00 e R$ 155,00 em São Paulo, sendo que o animal com prêmio China de R$ 2,00 a R$ 3,00 acima.

Também há uma frente fria ganhando corpo, de acordo com vários mapas climáticos.

E frente fria nessa época, sinônimo de geada, castiga mais os pastos e estimula os pecuaristas a venderem, principalmente aqueles sem cobertor financeiro para fecharem os animais no curral ou no semiconfinamento.

Não haveria urgência, portanto, das processadoras de carnes, imaginando que a oferta poderá bater na porta.

“Mas não acredito que o frio fará aparecer oferta pelo menos no Sudeste, já que não tem pasto faz tempo”, avalia Gustavo Figueiredo, da AgroAgility. O potencial de impacto mais elevado poderá ser no Mato Grosso, Tocantins e Rondônia, mas o produtor Marco Garcia, de Três Lagoas, fronteira sul-matorossense com São Paulo já viu sinais de alerta em um estado onde ainda predomina o boi a pasto.

Apesar de achar que até a próxima semana os frigoríficos testarão a pressão, Figueiredo acredita que a oferta não deverá ficar tão folgada – como já não está sendo, segundo pensa -, e a necessidade de originação poderá fazer a @ ganhar firmeza.

O consumo interno não deverá ganhar alento, mas as exportações seguem firmes – foram de 111,5 mil toneladas em junho -, com a maior parte para China.

Se não for com tanta intensidade, ao menos servirá para deixar o preço do boi lateralizado, de acordo com a visão de Marco Guimarães, analista da Agrifatto.

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