Bancos

BofA vê novas mínimas para S&P 500 com ‘choque inflacionário’

16 set 2022, 8:50 - atualizado em 16 set 2022, 8:50
Bank of America
A análise de Hartnett dos últimos mercados de baixa também mostra quedas médias de 37% do S&P 500, entre pico e mínima, ao longo de 289 dias (Imagem: REUTERS/Stephanie Keith)

O mercado de renda variável americano ainda não viu o pior da queda deste ano diante de uma inflação aquecida e um Federal Reserve agressivo, segundo o Bank of America.

O “choque inflacionário ainda não acabou” e uma recessão de lucros provavelmente levará as ações a novas mínimas, disse o estrategista do banco Michael Hartnett em nota.

O mercado está sob pressão novamente desde terça-feira, depois que o relatório de preços ao consumidor nos EUA mostrou inflação mais alta do que o esperado e precipitou o S&P 500 em sua maior queda diária desde junho de 2020.

A análise de Hartnett dos últimos mercados de baixa também mostra quedas médias de 37% do S&P 500, entre pico e mínima, ao longo de 289 dias.

Isso sugere que o atual terminará em outubro com o índice de referência a 3.020 pontos, 23% abaixo de onde está agora, disse o estrategista.

“Novas máximas de yields equivalem a novas mínimas para ações”, acrescentou

Hartnett não está sozinho em sua visão pessimista para as ações. A estrategista Sharon Bell do Goldman esta semana alertou contra buscar pechinchas, dizendo que as altas recentes não foram decisivas nem sustentáveis por um período mais longo.

O Société Générale e Sanford C. Bernstein também disseram que as ações americanas estão sujeitas a novas mínimas antes do fim de um mercado de baixa que já apagou mais de US$ 7,8 trilhões do valor das empresas do S&P 500.

O otimista Marko Kolanovic do JPMorgan está no outro extremo. Ele disse na segunda-feira que a economia global ainda pode evitar uma forte recessão e que as perspectivas para as ações são positivas até o final do ano. Cathie Wood da Ark também aproveito a liquidação da terça-feira para ir às compras.

A próxima pista para os mercados virá da reunião de política monetária do Fed de 20 a 21 de setembro. Os investidores especulam se o banco central vai aumentar juros em 0,75 ponto percentual ou entregar um aumento ainda maior. Um aumento entre 0,75 e 1 ponto percentual já está precificado, disse Hartnett.

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