BofA vê ganhos em bancos e eleva preços-alvo de Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3)
O Bank of America revisou as estimativas dos bancos para 2022. Segundo o banco, a relação entre receitas e despesas continuará crescendo, impulsionada pela aceleração na evolução da margem financeira.
“Acreditamos que essa tendência deve apoiar os ganhos e levar a várias reclassificações. Mantemos nossa visão setorial otimista”, diz.
Na visão dos analistas, as projeções dos bancos apontam para um crescimento robusto da margem financeira com clientes e um crescimento resiliente do crédito em 2022.
Apesar disso, eles explicam que a qualidade dos ativos continua sendo um risco-chave a ser monitorado, dado o ambiente macro fraco, o alto nível de endividamento das famílias e a diminuição da renda disponível.
Atualização
O BofA elevou o preço-alvo do Itaú (ITUB4), de R$ 29 para R$ 32, e do Banco do Brasil (BBAS3), de R$ 44 para R$ 50. Por outro lado, cortou Bradesco (BBDC4) de R$ 29 para R$ 27 e Santander (SANB11) de R$ 41 para R$ 38. O Santander continua sendo o único com recomendação neutra.
Veja no quadro:
Banco | Ação | Preço-alvo antigo | Novo preço-alvo | Potencial de alta* | Recomendação |
---|---|---|---|---|---|
Itaú | ITUB4 | R$ 29 | R$ 32 | 22% | Compra |
Bradesco | BBDC4 | R$ 29 | R$ 27 | 26% | Compra |
Banco do Brasil | BBAS3 | R$ 44 | R$ 50 | 40% | Compra |
Santander | SANB11 | R$ 41 | R$ 38 | 18% | Neutra |
*sobre o último fechamento
Os analistas esperam que o Itaú e o Banco do Brasil apresentem crescimento de lucros na metade de 2022.
“A valorização do prêmio do Itaú é justificada pela expectativa de qualidade superior e crescimento dos lucros, a nosso ver, evidenciados nos resultados pelas projeções”, completa.
Já o bom desempenho do Banco do Brasil no quarto trimestre e o guidance acima do esperado devem levar a uma melhora no sentimento sobre o nome, apesar do alto risco político em ano eleitoral, especialmente considerando a valorização descontada da ação e a solidez do balanço, justifica.
Já os resultados do Bradesco “decepcionaram”, enquanto a orientação para 2022 “confundiu os investidores”, levando a um desempenho inferior no acumulado do ano e uma avaliação relativa atraente.
O BofA diz que o Santander possui avaliação semelhante ao Bradesco, mas com maiores riscos de governança.
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