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Bank of America se prepara para a maior onda de calotes desde 2010

15 abr 2020, 9:30 - atualizado em 15 abr 2020, 10:26
Logo do Bank of America (BofA) em Nova York
A provisão do Bank of America para empréstimos de risco no primeiro trimestre ficou quase cinco vezes acima da reserva de US$ 1 bilhão um ano antes (Imagem: REUTERS/Carlo Allegri)

O Bank of America seguiu os passos de dois grandes rivais e fez provisões de bilhões de dólares para empréstimos que provavelmente não serão pagos em meio à paralisação econômica quase total nos Estados Unidos.

O lucro do banco encolheu 45% com provisões de US$ 4,76 bilhões para perdas com empréstimos, o maior valor desde 2010, diante do impacto da crise econômica causada pela pandemia de coronavírus sobre empresas e famílias.

O banco segue o JPMorgan Chase e Wells Fargo, que divulgaram as maiores provisões em uma década na terça-feira. Juntos, os três bancos fizeram reservas de mais de US$ 17 bilhões para cobrir inadimplências.

Os bancos tentam se antecipar às perdas com empréstimos provocadas pela pandemia, que paralisa grande parte da economia global.

Embora os indicadores de inadimplência ainda não tenham aumentado significativamente, as medidas para elevar as provisões mostram que os bancos se preparam para uma recessão grave.

A provisão do Bank of America para empréstimos de risco no primeiro trimestre ficou quase cinco vezes acima da reserva de US$ 1 bilhão um ano antes.

Além do pior cenário econômico, os bancos precisam adotar um novo padrão contábil este ano, conhecido como CECL, segundo o qual as provisões são feitas no início de um ciclo.