BofA faz progresso em diversidade e vê mais trabalho à frente
O Bank of America se aproximou de suas metas de diversidade no ano passado e disse que reconhece que mais precisa ser feito.
A representação racial e de gênero aumentou na maioria das áreas da empresa, inclusive entre a alta administração, de acordo com dados o banco divulgados nesta sexta-feira. Ainda assim, a porcentagem de mulheres nas três camadas superiores da empresa permaneceu inalterada em relação ao ano anterior em 41%.
“Nossos objetivos de diversidade são muito simples: com o tempo, queremos refletir os clientes e as comunidades em que operamos”, disse Sheri Bronstein, diretora de recursos humanos do banco em entrevista.
“Equipes diversas geram melhores resultados. Queremos que as pessoas vejam o progresso que fizemos e reconheçam que temos mais trabalho a fazer.”
O assassinato de George Floyd em maio gerou um clamor global, e o Bank of America anunciou em junho uma promessa de direcionar US$ 1 bilhão em quatro anos para combater a desigualdade racial e econômica.
O Citigroup disse que vai gastar a mesma quantia ao longo dos próximos três anos em esforços para combater a disparidade de riqueza racial, e outros bancos anunciaram iniciativas filantrópicas semelhantes.
Ainda assim, os críticos dizem que Wall Street tem contribuído para as disparidades de renda racial e tem sido muito lenta em diversificar suas fileiras.
No Bank of America, pessoas que não são brancas representavam 19% dos gerentes executivos ou de nível sênior no ano passado, ante 15% em 2015. E representavam 37% dos gerentes de nível médio contra 33% em 2015.
Os números excedem a referência para serviços financeiros da Comissão de Oportunidades Iguais no Emprego dos EUA, disse o banco.
A equipe latina representou 17,9% da força de trabalho total no ano passado, e os empregados negros representaram 13,1%. Os latinos representam 18,5% da população dos Estados Unidos, enquanto os afro-americanos representam 13,4%, de acordo com dados do censo.
A diversidade é uma métrica de desempenho para os gerentes do banco, ao lado de metas como receita e gerenciamento de risco, disse Bronstein.
As empresas estão sob pressão para divulgar os dados de gênero e raça que compartilham confidencialmente com o governo federal a cada ano.