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EcoRodovias (ECOR3): BofA eleva recomendação para neutra e aumenta preço-alvo; é hora de comprar? 

24 jun 2024, 13:57 - atualizado em 24 jun 2024, 17:40
Ecopistas, Ecorodovias
Rodovia administrada pela EcoRodovias (Imagem: Twitter/Ecopistas)

O Bank of America (BofA) elevou a recomendação de venda para neutra para as ações da EcoRodovias (ECOR3), mesmo com os papéis acumulando queda de 33% desde janeiro. 

O recuo é maior que o da principal concorrente, a CCR (CCRO3) — que tem queda de cerca de 15% — e do próprio Ibovespa, que tem baixa 9% no acumulado deste ano. 

O preço-alvo da companhia também foi revisado de R$ 8,00 para R$ 9,50, o que representa uma potencial valorização de 51,5% em relação ao fechamento da última sexta-feira (21).

Com a revisão, as ações ECOR3 subiram 8,29%, a R$ 6,79 nesta segunda-feira (24) e figurou entre as maiores altas da B3. Acompanhe o tempo real. 

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O que o BofA vê na EcoRodovias? 

A visão otimista dos analistas do banco tem uma razão: “vemos a subvalorização das ações como excessiva, pois ela já refletiu em grande parte as expectativas de taxas de juros mais altas, ofuscando uma sólida expansão do tráfego e um bom controle de custos”, escrevem os analistas Rogério Araújo, Gabriel Frazão e João Andrade. 

A EcoRodovias apresentou um crescimento de tráfego de 7,2% nos primeiros cinco meses deste ano, contra as projeções de cerca de 4% a 4,5% para 2024. 

Além disso, a empresa está sendo negociada a uma taxa interna de retorno (TIR) de 12,7% — que é considerada “decente” pelo BofA, já que o endividamento (alavancagem) e o capex (capacidade de investimento) superam os riscos a longo prazo. 

Nas contas do banco, a concessionária possui requisitos de capex de R$ 40 bilhões, 9x seu valor de mercado, o que provavelmente resultará em alavancagem elevada por um longo período — especialmente após o vencimento de Ecosul em 2026. 

Isso estende a duração do fluxo de caixa e torna o capital da empresa mais sensível à percepção de risco dos investidores e às taxas de juros.

E a CCR (CCRO3)? 

O BofA reiterou a recomendação neutra para as ações da CCR (CCRO3). Os analistas consideram a empresa um nome defensivo e com um valuation justo. 

Por outro lado, o banco cortou o preço-alvo de R$ 16 para R$ 14,50, o que ainda representa um potencial de valorização de 20% em relação ao fechamento anterior. 

 

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