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BofA corta preço-alvo da Vale para US$ 20 e reduz recomendação para ‘neutra’

22 set 2021, 10:01 - atualizado em 22 set 2021, 10:02
Vale
Segundo a instituição, a política de cortes na produção de aço da China enfraquece a demanda por minério de ferro no maior importador global da matéria-prima (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O BofA Global Research cortou preço-alvo da ADR da mineradora Vale (VALE3) de 27 dólares para 20 dólares, ao mesmo tempo em que reduziu a recomendação de “comprar” para “neutra”, conforme relatório que também diminuiu as projeções de preços de minério de ferro citando um crescimento mais fraco da China.

Segundo a instituição, a política de cortes na produção de aço da China enfraquece a demanda por minério de ferro no maior importador global da matéria-prima.

Dessa forma, o BofA reduziu a projeção de preço de minério de ferro em 45% para 2022, a 91 dólares por tonelada.

“As políticas de aço da China são baixistas para o minério de ferro. Processamos nossa revisão trimestral global de commodities hoje. Nossa maior mudança de visão está no minério de ferro”, disse.

“Salvo uma mudança nesta postura política, não vemos nenhuma razão para que o minério de ferro não deva ser negociado em queda para um custo marginal (80 dólares/t), especialmente porque as políticas de ‘céu azul’ se aproximam no início de 2022 para as Olimpíadas de inverno da China”, acrescentou, citando plano de Pequim para reduzir a poluição durante o evento esportivo.

O BofA reduziu a projeção de preço de minério de ferro em 45% para 2022, a 91 dólares por tonelada (Imagem: Pixabay/sarangib)

O BofA ponderou, contudo, que não vê as ações da Vale como “caras”.

Também nesta quarta-feira, o Jefferies cortou o preço-alvo da ADR da Vale de 25 para 19 dólares.

Os preços do minério de ferro também estão sendo pressionados pelos riscos apresentados no mercado imobiliário na China, maior produtora de aço do mundo, com a crise da dívida do Grupo Evergrande.

Mas, nesta quarta-feira, os contratos futuros do minério de ferro na Ásia se recuperaram, com o contrato de referência de Dalian saltando de uma mínima de 10 meses, embora ainda existam dúvidas se os ganhos podem ser sustentados devido ao colapso na demanda da China e à melhoria das perspectivas de oferta.