Boeing se oferece para pagar treinamento do 737 Max para pilotos
A Boeing (BA) se ofereceu para pagar pilotos da Lion Air, da Indonésia, para que realizem treinamento em um simulador dos aviões 737 Max com o objetivo de acelerar a retomada das operações do jato mais vendido da empresa norte-americana, segundo pessoas a par do assunto.
Os pilotos da companhia aérea, atingida pelo primeiro acidente com o 737 Max quando o voo 610 caiu no mar de Java há um ano, seriam enviados a Cingapura para realizar o treinamento, de acordo com uma das pessoas que pediu anonimato porque o assunto é confidencial. A Boeing, com sede em Chicago, também está disposta a enviar pilotos certificados à Indonésia para ajudar a treinar a tripulação da Lion Air, disse a pessoa.
A medida faz parte dos esforços da Boeing para retomar as operações com o Max. O dono da Lion Air, Rusdi Kirana, chegou a dizer que poderia cancelar dezenas de bilhões de dólares em pedidos para a Boeing, alegando que a fabricante dos EUA teria envolvido injustamente a companhia aérea indonésia em um desastre que matou 189 pessoas. Kirana ainda não cumpriu a ameaça.
A Boeing tem motivos para tentar apaziguar Kirana. A Lion Air, cofundada pelo empresário em 1999, é a terceira maior cliente do avião no mundo. A Boeing pagou para transportar dois dos jatos 737 Max 8 da Lion Air de Bali para Jacarta no mês passado, disse uma das pessoas.
Em resposta à Bloomberg, a Boeing disse que seus pilotos ajudaram a “Lion Air a reposicionar com segurança a frota da companhia aérea” e que a fabricante de aviões continua a ajudar as companhias aéreas com aconselhamento técnico. Um representante da Lion Air não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Enquanto isso, investigadores indonésios se prepararam para divulgar as conclusões finais sobre o acidente com o voo 610 no ano passado.