Boeing quer resgate de US$ 60 bilhões para indústria aeroespacial dos EUA
A Boeing (BA) pediu na terça-feira um resgate de 60 bilhões de dólares para a indústria aeroespacial dos EUA, que enfrenta enormes perdas com a pandemia de coronavírus.
A Reuters informou pela primeira vez que a Boeing estava buscando “dezenas de bilhões de dólares” em garantias de empréstimos do governo dos EUA e outras formas de assistência, pois enfrenta uma crise de liquidez iminente devido ao impacto do coronavírus no setor de aviação, disseram duas pessoas informadas sobre o assunto à Reuters.
O porta-voz da Boeing, Gordon Johndroe, disse posteriormente que a empresa “apoia um mínimo de 60 bilhões de dólares em acesso à liquidez pública e privada, incluindo garantias de empréstimos, para a indústria aeroespacial“.
A Boeing se recusou a dizer quanto disso seria para a fabricante de aviões e quanto seria de garantias de empréstimos para seus fornecedores; também não estava claro se os bancos norte-americanos emprestariam mais de 60 bilhões sem o apoio do governo.
A fabricante de aviões disse a parlamentares que precisa de apoio significativo do governo para atender às necessidades de liquidez e não conseguirá suprir isso nas condições atuais do mercado, disseram as pessoas.
A Boeing confirmou na segunda-feira que estava em negociações com o governo sobre apoio a curto prazo, enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, disse na terça-feira que forneceria apoio.
A Boeing observou que tipicamente 70% de sua receita vai para seus 17 mil fornecedores e disse aos parlamentares que, sem uma ajuda significativa, todo o setor de aviação dos EUA poderia entrar em colapso.
“Essa será uma das maneiras mais importantes para as companhias aéreas, aeroportos, fornecedores e fabricantes alcançarem a recuperação. Os fundos apoiariam a saúde do setor de aviação em geral, porque grande parte de qualquer suporte de liquidez à Boeing será usado para pagamentos a fornecedores para manter a saúde da cadeia de fornecimento”, disse Johndroe.