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Boas e baratas: 5 ações que não podem faltar no seu portfólio, segundo Itaú BBA

17 set 2024, 16:26 - atualizado em 18 set 2024, 9:29

Em meio a um mercado ainda atraente, o Itaú BBA listou cinco ações que considera baratas e atrativas. Entre os papéis, a corretora lista:

  1. Equatorial (EQTL3), com qualidade com crescimento de lucros em um setor defensivo;
  2. Direcional (DIRR3), negociada com um preço sobre lucro de um dígito e mais de 25% de ROE em 2024-25;
  3. Santos Brasil (STBP3), ação com momentum de preço e um perfil de ROE crescente;
  4. PRIO (PRIO3), negociação abaixo de 7x P/L, bom crescimento de lucros e um perfil de ROE próximo a 30%);
  5. GPS (GGPS3), com história de crescimento composto com ROE de qualidade 20%, negociando com 13% de desconto em relação ao histórico;

Segundo os analistas, o Brasil é o mais descontado em comparação com sua média e no Z-Score, ao mesmo tempo em que oferece um perfil de retorno superior ao dos mercados emergentes e dos EUA, e crescimento de lucros semelhante.

Ainda de acordo com o BBA, momentum do país também é negociado com uma avaliação absoluta mais baixa e com um desconto maior, proporcionando melhores retornos do que os mercados emergentes, apesar de ficar para trás no crescimento dos lucros.

“A qualidade no Brasil está sendo negociada com um desconto de 20% em relação à sua média, enquanto os mercados emergentes são negociados com um pequeno desconto e os EUA com um prêmio”, nota.

Ou seja, a bolsa reúne uma boa combinação de qualidade e momentum de preço, com uma avaliação descontada em comparação com a média.

Apesar disso, o BBA prefere se expor mais em papéis de qualidade do que em small caps, já considerando o impacto da alta da Selic.

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Alta da Selic é ‘claramente necessária’

Para o superintendente de pesquisa econômica do Itaú Unibanco, Fernando Gonçalves, os membros devem começar esse novo ciclo com “um passo pequeno”.

“Eu acredito que começa com 0,25 ponto percentual. No mesmo dia, tem uma decisão do Federal Reserve, que deve cortar juros. Isso vai na linha de ser mais conservador aqui no Brasil e não começar subindo fortemente os juros”, diz.

Segundo Gonçalves, em entrevista ao Money Times, ainda há alguma possibilidade de uma alta maior, uma vez que os membros do Copom não deram guidance para a reunião que se aproxima. No entanto, o afrouxamento monetário norte-americano deve influenciar o ritmo no Brasil.

“Nós acreditamos que, nos Estados Unidos, vai ter um corte 0,25 p.p., mas lá, claramente, existe uma discussão muito viva sobre a possibilidade de reduções maiores. A barra para cortes maiores nos Estados Unidos está muito baixa”, afirma.

O superintendente do Itaú explica que uma potencial redução de 0,50 p.p. nos EUA “joga ainda mais no cenário de subidas bastante módicas aqui no Brasil”. “Vai depender um pouco desse cenário americano”, afirma.

Com Giovanna Leal

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.