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Boas e baratas: 3 ações de elétricas com fartos dividendos, segundo analista

29 ago 2022, 20:11 - atualizado em 30 ago 2022, 9:56
Setor Elétrico
(Imagem: Reuters/Jon Nazca)

Elétricas seguem sendo ótimas opções quando o assunto é dividendos. Com contratos garantidos, essas companhias possuem previsibilidade de receita e lucro e, de quebra, fornecem proteção em tempos difíceis.

A pedido do Money Times, os analistas Luan Alves e Vicente Guimarães, da VG Research, indicaram três ações do setor com ótimas perspectivas de dividendos.

Confira:

CPFL

Para os analistas, a CPFL (CPFE3), segunda maior distribuidora em volume de energia vendida, possui um payout (o percentual de lucro da empresa distribuído em dividendos) de 50% no mínimo.

“Fatores como a previsibilidade de resultados por conta dos contratos de longo prazo e a baixa exposição ao risco hidrológico, reforçam o bom posicionamento da companhia para o pagamento de dividendos”, colocam.

Além disso, eles dizem que a empresa possui ativos de distribuição eficientes, time de administração de alto nível e potencial de gerar valor por meio de fusões e aquisições.

Como não bastasse isso, a VG Research diz que a empresa tem entregado bons resultados, com elevação “surpreendente” de sua rentabilidade, beneficiada do reajuste de tarifas de energia (IGPM), bom controle de custos operacionais e ganhos de eficiência nos seus ativos de geração.

O ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) atual é de 30,5%, enquanto a média histórica foi de 21,9%.

“Olhando para os múltiplos de valuation, quando consideramos o indicador EV/EBITDA (valor da empresa sobre resultado operacional) de 5.7x para 2022 (média histórica em 7,5x), acreditamos que a CPFL segue como boa alternativa de investimento”, completam.

Engie

Para os analistas, a elétrica francesa com operações no Brasil tem apresentado resultados sólidos nos últimos trimestres e é uma empresa que ao longo da última década se provou como um excelente alocador de capital no setor de energia e está expandido seu portfólio no business de gás.

Apesar disso, recentemente os conselheiros da Engie (EGIE3) aprovaram um payout de 55%, o que resultou em dividendos menores no curto prazo.

“Acreditamos que dado o nível baixo de alavancagem da companhia (2,1x dívida liquida/EBITDA) e investimento controlado, a empresa tenha capacidade de distribuir 100% do seu lucro líquido”, dizem.

Ademais, a Engie possui um pipeline de 3,5 GW em energia renováveis, “com projetos que vão adicionar capacidade nos próximos 3 anos”.

“A empresa negocia com um ROE superior a 22% e uma capacidade de distribuição de um Yield superior a 10% nos próximos anos”,  afirmam.

Por fim, os analistas colocam que o dividendo pago nos últimos 12 meses foi alto, puxados por alguns itens não recorrentes (como venda de ativos e recebimento de indenização).

“Mesmo assim a companhia tem potencial de pagar um dividend yield superior a 10% e se encontra mais barata que nos últimos 5 anos, EV/EBITDA em 4,0x vs 5,3x”, assinalam.

Copel

Os analistas dizem que a Copel (CPLE11) tem elevado a rentabilidade dos seus negócios nos últimos anos.

“A administração da companhia tornou ela mais rentável e tem se aproximado cada vez mais do nível de rentabilidade das companhias privadas no setor”, afirmam.

O ROE atual é de 23% contra uma média de 14% nos últimos 5 anos.

Alves e Guimarães classificam os dividendos pagos nos últimos 12 meses como altos, mas influenciado por alguns itens não recorrentes (como venda de ativos e recebimento de indenização).

“Mesmo assim, a companhia tem potencial de pagar um dividend yield superior a 8% e negocia a uma taxa de retorno interessante”, destacam.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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