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Boa Safra (SOJA3) recua 14% após decepção com vendas e margens; BTG revisa estimativas e reforça importância do 4T25

12 nov 2025, 12:31 - atualizado em 12 nov 2025, 13:56
boa safra soja3
(Imagem: Divulgação/Boa Safra)

As ações da Boa Safra (SOJA3) tombavam 14,88% por volta de 12h desta quarta-feira (12), após a companhia reportar um lucro líquido de R$ 67,8 milhões no 3T25.

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Vale lembrar que os resultados são altamente sazonais. Enquanto o primeiro semestre foca na produção de sementes de soja, o segundo se concentra nas entregas e no reconhecimento de receitas.

De acordo com o BTG Pactual, após terminar o 2T25 com uma carteira de pedidos recorde de R$ 1,7 bilhão, 68% desse total se converteu em vendas no 2T25, superando os 62% de 2024, mas ainda abaixo da média dos últimos três anos, de 99%.

Isso explica por que a receita de R$ 1,1 bilhão no 3T25, embora tenha crescido 56% na comparação anual, ficou 14% abaixo da estimativa do banco. A empresa afirma que o ritmo mais lento do plantio nesta safra postergou parte das entregas, o que indica que o 4T25 terá um peso incomum no desempenho anual de vendas.

“A carteira de pedidos no 3T foi de R$ 861 milhões. Se a Boa Safra entregar no 4T vendas compatíveis com o histórico — cerca de 150% da carteira do 3T —, a receita anual deve alcançar cerca de R$ 2,7 bilhões, ainda um ano sólido, mas abaixo das projeções anteriores. Isso sugere que a recuperação de participação de mercado ainda não se concretizou totalmente”, apontam Thiago Duarte e Guilherme Guttilla.

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Dessa maneira, o BTG, que conta com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 21 para ação, colocou suas estimativas para Boa Safra em revisão.

SOJA3: O que dizem XP e Bradesco BBI?

A XP Investimentos viu lucros abaixo das estimativas, o que deve levar a revisões negativas do ponto de vista de receita e margem. A casa já esperava uma performance negativa para ação nesta quarta. Os analistas recomendam compra e preço-alvo de R$ 15,10.

Apesar de atingir um recorde para um 3T, a carteira de pedidos de soja aumentou apenas 8,7% no comparativo anual, levantando preocupações sobre se a companhia cumprirá a estimativa de receita líquida anual de R$ 2.4 bilhões pela XP, bem como a estimativa de consenso do mercado de R$ 2,5 bilhões.

“Como exercício, para que a empresa atinja as expectativas do consenso, a taxa de conversão da carteira de pedidos para receita precisaria espelhar o desempenho de 2023, quando a Boa Safra reportou uma carteira de sementes de soja de R$ 506 milhões no 3T23 e entregou R$ 800 milhões em receita líquida no 4T23”, explicam Leonardo Alencar, Pedro Fonseca e Samuel Isaak.

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Os analistas do Bradesco BBI reforçaram que apesar da decepção para margens, o resultado foi um passo importante para confirmar a meta de crescimento de volumes (de aproximadamente 40% em base anual em sementes de soja). As receitas com semente de soja de R$ 941 milhões ficaram 9% abaixo das estimativas do banco, que recomenda compra para ação (preço-alvo de R$ 14).

“A robusta carteira de pedidos (R$ 760 milhões, 14% maior em base anual) mitiga riscos de receita e sugere que a companhia possa atingir nossa projeção de aproximadamente R$ 2 bilhões em vendas de sementes no ano. O desafio segue na captura de preços, evolução do mix com sementes tratadas (TSI) e materialização da alavancagem operacional”, veem Henrique Brustolin e J. Ricardo Rosalen.

 

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
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