Boa Safra, BrasilAgro e SLC: Qual é a ação com maior potencial de alta?
A Genial Investimentos iniciou a cobertura de três ações que fazem parte do agronegócio brasileiro: Boa Safra (SOJA3), BrasilAgro (AGRO3) e SLC Agrícola (SLCE3). Todos os papéis têm recomendação de compra pela corretora, e um dos três pode disparar quase 50% no decorrer de 2022.
A ação da SLC pode saltar 46%, com preço-alvo de R$ 60, considerando o valor de fechamento nesta terça-feira (4) a R$ 41,11.
A estimativa da corretora é de que o papel é negociado em 5,8 vezes EV/Ebitda para o fim de 2022, valor tido como baixo para a empresa agrícola.
“A SLC Agrícola é a nossa predileta no setor, com valuation atrativo, câmbio, situação financeira saudável e migração para um modelo de negócio cada vez mais asset-light, facilita a expansão”, explica o analista Adriano Castro, que assina o relatório.
O cenário de real desvalorizado ante o dólar é mais um vetor de alta para as commodities agrícolas que são cotadas em moeda norte-americana.
Nesta quarta-feira (5), por volta das 14h, as ações ordinárias da SLC subiam 1,24%, negociadas a R$ 41,62 cada. No mesmo instante, o Ibovespa (IBOV) cedia 0,36%, com 103.136,57 pontos.
Boa Safra e BrasilAgro
As ações da Boa Safra e da BrasilAgro têm potencial de alta de 34% e 17% no decorrer do ano, respectivamente, de acordo com a análise da Genial, levando em conta os últimos valores de fechamento.
No caso da Boa Safra, que realizou IPO em abril de 2021, a corretora enxerga uma combinação de crescimento e rentabilidade, algo que é normalmente difícil de atingir.
A companhia exibe volume vendido com CAGR de 25,6% entre 2014-2020, e um ROE de 64,5% em 2020. Apesar de líder, a Boa Safra só tem apenas 5,7% de participação de mercado, e pode consolidar a pulverizada indústria de produção de sementes brasileira.
O diferencial da BrasilAgro é o foco no mercado imobiliário agrícola. E não é de hoje que analistas têm apontado para as oportunidades de ganhos com o mercado de terras no Brasil.
“As propriedades da empresa devem seguir valorizando, dado que elas são negociadas com base nos preços das commodities e ajustadas pelo potencial de produtividade”, diz Castro.
Um dos principais riscos nas teses de investimentos das três companhias agro citadas são os preços das commodities, que podem ser afetados por inúmeras razões (clima, mudanças de capacidade, estoques, dinâmica de oferta e demanda).