Boa notícia de gigante asiático traz alívio a mineradoras e siderúrgicas nesta quarta; VALE3 dispara
O Ibovespa caiu novamente nesta quarta-feira (1º), primeiro pregão de março. O índice foi pressionado pelo tombo de mais de 30% da Hapvida (HAPV3) e pelas perdas do setor de óleo e gás, que repercutiu a notícia de que o governo quer taxar a exportação de petróleo bruto no Brasil. Por outro lado, mineradoras e siderúrgicas viveram um dia de respiro.
Vale (VALE3), principalmente, tenta se recuperar da baixa do mês passado. As ações da mineradora dispararam 4,55%, negociadas a R$ 89,20 cada.
CSN Mineração (CMIN3) não ficou atrás, com alta de 7,62%, enquanto sua holding controladora CSN (CSNA3) avançou 2,58%. Usiminas (USIM5) registrou valorização de 4,98% e Gerdau (GGBR4) subiu 3,11%.
O setor de mineração e siderurgia repercutiu o salto nos preços do minério de ferro nesta quarta na China, após a divulgação de dados de atividade manufatureira do gigante asiático. Os números vieram melhores que o esperado e trouxe uma nova onda de otimismo nos mercados em relação à demanda.
O índice de gerentes de compras (PMI) da indústria chinesa subiu para 52,6 em janeiro, ante 50,1 no mês anterior, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas da China. Essa foi a leitura mais alta em mais de uma década.
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Cedo demais para comemorar?
Analistas ainda veem que uma correção nos preços do minério de ferro – e, consequentemente, de ações expostas ao ingrediente siderúrgico – está por vir.
Algumas instituições avaliam que, nos patamares atuais, a matéria-prima siderúrgica é negociada a preços “insustentáveis”. O Bank of America é uma das casas que prevê a proximidade da queda, apesar de acreditar que a sazonalidade pode dar suporte aos preços no curto prazo.
Na avaliação do banco americano, os preços do minério de ferro devem cair em direção à média projetada para 2023 de US$ 100 a tonelada, “especialmente no segundo semestre”.
Já a Genial Investimentos considera que existe certo nível de especulação em cima da curva de minério de ferro. Acima de US$ 110/tonelada, a curva não parece razoável, visto que a demanda das siderúrgicas chinesas não sustenta o nível dos preços, defende.