Boa e barata: Veja a small cap mais indicada por 12 analistas para lucrar em dezembro

Ao que parece, as notícias ruins e o viés baixista da Bolsa brasileira continuam a todo vapor. Em novembro, o Ibovespa caiu mais 1,53%. O índice small cap seguiu a mesma toada e derreteu 2,29%.

De acordo com o BB Investimentos, os investidores seguem precificando mais elevações da taxa de juros, a Selic – visto que a inflação (IPCA) ainda tem se mantido em patamar considerado elevado, em dois dígitos.

O BTG lembra que toda essa alta terá impacto no crescimento do ano que vem. Mesmo assim, o que mais preocupa os investidores no momento é a situação fiscal do Brasil. 

“A decisão do governo de alterar a lei do teto de gastos (única âncora fiscal do Brasil) para abrir espaço no orçamento para um novo e melhorado programa social (Auxílio Brasil) é responsável pela queda dos preços dos ativos no Brasil”, argumenta.

O que esperar?

Para 2022, a situação deverá se manter complicada, afirma a Ágora Investimentos. A corretora lembra que o próprio relatório Focus demonstra que as expectativas de inflação para 2022 já estão além do teto da meta.

“A fraqueza da atividade econômica virá de uma demanda e consumo mais fracos não só pelos juros mais altos como também pela renda corroída pela inflação. Além disso, com os juros mais elevados, os investimentos tendem a encolher”, diz.

O cenário não será muito diferente para as small caps. O BB afirma que o índice small cap encerrou novembro ligeiramente abaixo de seu suporte anterior. 

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“Caso confirme este rompimento, o viés de queda tende a permanece. Ainda não houve nenhum sinal de reversão da tendência de baixa. Entretanto, como também já testou agora um suporte inferior, dezembro poderá ser um mês de algum repique de curto prazo”, completa.

Por isso, é importante que o investidor tenha uma carteira diversificada e com ações resilientes. Pensando nisso, o Money Times consultou 12 carteiras das principais corretoras e bancos do país para levantar a ação mais indicada do momento.

No total, 70 ativos foram recomendados pelo menos uma vez, entre units, ações preferenciais e ordinárias. Esse conjunto de papéis somou 100 indicações.

A favorita

E quem disparou na frente no mês de dezembro foi a Jalles Machado (JALL3), com cinco indicações.

A NuInvest, uma das casas que recomendou a ação, destacou que o setor de açúcar e etanol vem passando por um momento único em sua história devido a uma combinação de câmbio desvalorizado e preços elevados das commodities.

“Não obstante a este bom momento, a Jalles Machado desponta pela infrequente combinação de empresa boa e barata”, diz o analista Murilo Breder.

De acordo com o BTG Pactual, o papel é um dos mais descontados para se ter. 

“No açúcar, acreditamos que os preços globais podem estar entrando em uma nova fase, com o governo indiano antecipando o prazo para a mistura 20% do etanol na gasolina vendido no país até 2025, potencialmente reduzindo produção de açúcar em 6 milhões de toneladas por ano”, prevê.

No etanol, na avaliação do banco, os fundamentos também continuam sólidos, com metas globais de descarbonização e o programa RenovaBio, bem como preços spot em alta no Brasil, que ainda não estão refletidos nos estoques preços.

“As ações da Jalles oferecem um rendimento de geração de caixa de dois dígitos antes mesmo de todos esses fatores, o que deve ser agravado pelo baixo risco orgânico da empresa e os planos de crescimento”, diz.

Veja os papéis mais indicados:

Participaram do levantamento: Ágora, BB Investimentos, BTG Pactual, Nu Invest, Elite, Genial, Guide Investimentos, Itaú BBA, Mirae, Órama, Santander e Terra.

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