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BNY Mellon comenta sobre controverso modelo de avaliação do bitcoin em relatório

30 mar 2021, 10:00 - atualizado em 30 mar 2021, 10:00
Não há um modelo definitivo para avaliar a criptomoeda; o banco afirma que deve haver uma combinação de diferentes modelos (Imagem: Unsplash/executium)

BNY Mellon assumiu a difícil missão de analisar diferentes métodos de avaliar o bitcoin (BTC) em um relatório recente. O banco destacou um modelo controverso que, se correto, faria com que o preço do bitcoin variasse entre US$ 100 mil e US$ 288 mil este ano, noticia o Decrypt.

BNY Mellon considera essa avaliação importante pois, em breve, vai apresentar serviços relacionados a bitcoin e outras criptomoedas.

O relatório, intitulado “Blending Art & Science: Bitcoin Valuations” (algo como “mesclando arte e ciência: avaliações do bitcoin”), analisa diversos possíveis modelos para entender como o bitcoin é avaliado.

Um dos modelos é a proporção de estoque-sobre-fluxo (ou “stock-to-flow ratio”, ou S2F, em inglês) que “é importante entender, apesar de suas falhas”.

Esse modelo analisa o fornecimento total e atual (estoque) de um ativo e o divide pela quantia do ativo que pode ser emitido em um ano (fluxo). É um modelo que funciona com ouro e outros metais preciosos, mas ganhou mais força entre os “bitcoiners”.

O analista quantitativo e investidor PlanB, que criou o S2F para o bitcoin afirmou que o modelo pode ser usado para medir a escassez do bitcoin e seu valor futuro. É um dos modelos mais otimistas para o preço da criptomoeda.

A equipe de pesquisa do BNY Mellon concorda com os críticos do modelo S2F de que “o fornecimento não define o preço”.

Quando aplicado ao ouro, grande parte das movimentações de preço da commodity são melhor “explicados pelo poder de compra do dólar americano e a compra/venda do ouro é baseada na inflação ou nas expectativas de depreciação da moeda”.

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Já o modelo de custo líquido, que liga o valor do bitcoin ao preço da mineração, falha em contabilizar as enormes melhorias futuras na energia renovável que podem baratear a produção.

O modelo valor-para-transação é baseado na utilidade da transação, mas os preços subiram mesmo conforme as pessoas armazenam bitcoin a longo prazo.

Outro modelo, o de ativos cruzados com S2F, compara o bitcoin a outros ativos com base em marcos de desenvolvimento, mas é extremamente impreciso.

No relatório, os pesquisadores não escolhem o melhor modelo e afirmam:

Por fim, a avaliação do bitcoin será uma combinação de diversos modelos e irá evoluir constantemente, principalmente conforme ganha aceitação convencional.

Confira, abaixo, o relatório do BNY Mellon: