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BNDES prepara modelo para venda de empresas fora de bolsa

23 ago 2018, 10:30 - atualizado em 23 ago 2018, 10:31

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Por Angelo Pavini, da Arena do Pavini – O BNDES, com uma carteira de R$ 84 bilhões em ações de empresas abertas, finalizou um modelo para vender participações menos líquidas, fora de bolsa. A informação é de Eliane Lustosa, diretora de Investimentos do BNDES. Segundo ela, o modelo contou com a participação de bancos de investimentos e buscou adaptar os usados pelas empresas privadas em seus processos de venda para uma instituição pública, incluindo cláusulas de confidencialidade e critérios de escolha que vão além dos melhores preços. A executiva participou do Fórum Amec de Investidores 2018, organizado pela Associação de Investidores de Mercados de Capitais.

Eliane explica que o banco já vendeu cerca de R$ 6 bilhões de participações em empresas na bolsa, aproveitando a melhora da bolsa de valores. A expectativa é chegar a R$ 10 bilhões vendidos até o fim do ano, desde que as condições de mercado permitam. Além desse valor, o BNDES deve receber mais R$ 8 bilhões da venda de sua participação na Suzano Papel. Esse valor da Suzano depende da aprovação da operação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e deve ser recebido no começo do ano que vem.

Com o novo modelo, o BNDES poderia vender participações semelhantes às da Suzano, sem depender da decisão de outro sócio para iniciar o processo, explica Eliane. Isso permitiria ao BNDES se desfazer de participações menos líquidas em bolsa ou que compreendam a venda para outros investidores estratégicos. Com isso, aumenta o universo de empresas que o BNDES tem em carteira e que podem ser vendidas. “Temos pelo menos cinco empresas que poderíamos vender dessa forma, fora da bolsa”, estima Eliane.

Segundo ela, algumas dessas vendas podem ocorrer ainda este ano. A venda dependerá da avaliação do banco de que a participação na empresa já teria atingido seu objetivo ou se não tiver mais perspectiva de atingir. O preço de venda também será definido por meio de avaliações do valor justo da empresa, a partir de análises fundamentalistas, ou seja, de acordo com o desempenho financeiro das companhias.

A ideia é que o BNDES use os recursos obtidos com a venda para financiar outros projetos de apoio a empresas.

Eliane destaca a forte concentração das participações do BNDES. Cinco empresas, entre elas Petrobras e JBS, representam três quartos, ou cerca de R$ 60 bilhões, dos R$ 84 bilhões da carteira do banco.

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