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BNDES emburrado com Haddad, BC dividido, MP de Lula ameaçada: Veja os bastidores de Brasília

22 abr 2023, 16:32 - atualizado em 22 abr 2023, 16:32
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Sem consenso: Diretoria do Banco Central não se entende sobre a situação do crédito e dificulta medidas do governo (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

A decisão do Ministério da Fazenda de incluir a eventual capitalização de bancos públicos dentro do limite de despesas no arcabouço fiscal desagradou integrantes do BNDES.

Essa norma, mais dura do que a que prevê o atual teto de gastos, foi incluída justamente para evitar no mercado a percepção de que haveria brechas para mega aportes em instituições financeiras — o que seria uma repetição de erros de gestões petistas do passado.

Embora o plano da equipe do BNDES não preveja mais transferências vultosas de recursos do Tesouro para a instituição, o banco gostaria de ter sido mais envolvido na decisão.

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Banco Central dividido preocupa governo

A diretoria do Banco Central precisa chegar logo a um consenso sobre a real situação do mercado de crédito no país, segundo integrantes da área econômica.

A avaliação do governo é que o crédito está passando por um aperto maior que o esperado e que, quanto mais rápido isso ficar claro, mais fácil também será para a área econômica avançar com pautas para ajudar empresas que precisam de recursos. Entre as medidas consideradas estão a criação da Letra de Crédito ao Desenvolvimento (LCD) e as mudanças nas taxas de remuneração do FAT.

Segundo a ata da última reunião do Copom, parte dos membros do comitê avalia que a retração do crédito está em linha com o esperado. Outra parte acredita que o aperto nas concessões de crédito já esta mais intenso do que as expectativas.

Medida provisória de Lula subiu no telhado

O governo pode ter dificuldade para aprovar a Medida Provisória que criou a estrutura da atual administração. Parlamentares reclamam da lentidão na liberação de cargos de segundo e terceiro escalão e argumentam que seria difícil aprovar um desenho administrativo do qual não fazem parte.

O relator da proposta, deputado Isnaldo Bulhões, só pretende conversar com o Planalto depois de ouvir todas as reivindicações de deputados e senadores e então ver onde o Executivo aceita ceder. A leitura de parte dos parlamentares é que a articulação do governo anda ruim. Acham que falta diálogo com líderes.