BNDES deve deixar follow-on da JBS para junho, diz Estadão
A oferta subsequente de ações da JBS (JBSS3) detidas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve acontecer apenas em junho.
De acordo com a edição desta sexta-feira da Coluna do Broadcast, do jornal O Estado de S.Paulo, a tendência é que o banco se desfaça de uma só vez de toda sua fatia de 21,32% que detém do frigorífico.
O objetivo inicial era que a operação se desse em duas etapas, mas o jornal informa que a decisão final ainda não foi tomada. A expectativa é que o follow-on movimente R$ 15 bilhões, considerando o atual valor de mercado. Recentemente, o BNDES levantou R$ 22 bilhões com a venda de ações da Petrobras (PETR4).
Ainda segundo a coluna, o sindicato de bancos que está coordenando a operação já está contratado desde dezembro, quando a operação da Marfrig (MRFG3) passou à frente da JBS.
Um dos pontos ainda em discussão é o preço por ação, que atualmente está em R$ 25, quando em setembro estava em R$ 32. Uma das percepções é que será necessário esperar um cenário melhor diante das atuais incertezas com a propagação do contágio de coronavírus na China.
São coordenadores Bradesco BBI, BTG Pactual (BPAC11), Bank of America Merrill Lynch (Bofa), Itaú BBA e UBS Brasil.
Atualmente, a JBS é a segunda posição em renda variável da carteira do BNDES, respondendo por mais de 15% do total do portfólio. Mesmo após a operação recente, a primeira continua sendo a Petrobras.
De acordo com a publicação, isso acontece porque a instituição ainda tem participação relevante em ações preferenciais, aquelas sem direito a voto, que valem cerca de R$ 30 bilhões. Essa fatia, contudo, será vendida em operações em Bolsa, ao longo do ano.