Política

Blog do PQ?: Quanto tempo dura um presidente do BNDES? Joaquim Levy saiu cedo?

18 jun 2019, 16:12 - atualizado em 18 jun 2019, 16:12

Por Blog do PQ? 

Joaquim Levy não é mais presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Depois de o presidente Bolsonaro dizer que Levy estava com a “cabeça a prêmio” – supostamente por ter colocado gente não alinhada no banco – não havia mais clima para sua continuidade. Aparentemente ele também não estava agradando o superministro Paulo Guedes (por outros motivos, como a demora em devolver recursos para o Tesouro Nacional), que pouco fez para defendê-lo.

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Foram menos de seis meses. Mas isso é de fato pouco tempo? No gráfico abaixo compilamos o tempo de permanência no cargo dos presidentes do BNDES desde sua fundação em 1952 – quando o banco não tinha o “Social” no nome, chamando-se apenas BNDE. A média à frente do cargo é de pouco mais de 21 meses. O mandato de Levy foi, assim, bem curto. Na verdade, cinco meses é o mínimo observado no histórico de presidentes (no gráfico Levy aparece com cinco meses; mais detalhes ao fim do texto).

Construímos também gráficos similares para outras duas instituições importantes da área econômica do governo federal: o Ministério da Fazenda (que desde o início do governo Bolsonaro foi substituído pelo Ministério da Economia) e o Banco Central. O gráfico para os ministros da Fazenda está abaixo. Selecionamos o período 1951-2018 para que fique compatível com os dados do BNDES do gráfico anterior.

O tempo médio é um pouco mais longo do que o observado para o BNDES, mas não por larga margem – cerca de 22 meses. Joaquim Levy também aparece nessa lista, quando esteve à frente do ministério no segundo mandato do governo Dilma. E aqui novamente apresenta um período relativamente curto, de menos um ano – período no qual desagradou petistas por sua política de ajuste fiscal.

O gráfico a seguir apresenta o histórico de presidentes do Banco Central. Nesse caso, o período de análise é mais curto, iniciando-se em 1965 (ano de fundação da instituição). O tempo médio de permanência é um pouco mais elevado que o do BNDES e da Fazenda – quase 25 meses.

 

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