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Blockchains podem ser usados para rastrear drones que levam suprimentos médicos

27 abr 2020, 15:28 - atualizado em 27 abr 2020, 15:32
Empresas e governos em todo o mundo estão usando sistemas de veículos aéreos não tripulados (VANTs) para entregar produtos essenciais, como medicamentos, e blockchains podem ser grandes aliados desse serviço (Imagem: Crypto Times)

Entregas comerciais com drone estão se tornando um negócio sério, mas ainda enfrenta desafios técnicos relacionados ao compartilhamento de dados e confiança.

Blockchains podem ajudar nisso, de acordo com relatório publicado pelo Departamento de Transportes (DOT, na sigla em inglês) dos EUA no dia 15 de abril.

Empresas e governos em todo o mundo estão usando sistemas de veículos aéreos não tripulados (VANTs) para entregar produtos essenciais, como medicamentos.

Por exemplo, em 2019, Gana lançou o maior serviço de entregas de medicamentos por drones do mundo, que realiza até 600 voos imediatos por dia para duas mil unidades de saúde espalhadas em todo o país.

“O número de diversos VANTs e as várias operações em que estão ou poderão estar envolvidos em breve tornam esse sistema aéreo bem-adequado à confiança e integridade operacional fornecida por blockchains”, afirma o relatório do DOT, escrito por um grupo de contribuidores liderado pelo engenheiro Seamus McGovern do Centro Nacional de Sistemas de Transporte John A. Volpe.

O site do departamento descreve o relatório como “um estudo de alto nível das operações de sistemas de veículos aéreos não tripulados que podem se beneficiar da aplicação de conceitos de blockchain”.

Uma “caixa-preta baseada em blockchain”, por exemplo, pode fornecer dados para ajudar investigadores a entender o que um drone estava fazendo antes de cair ou falhar.

O relatório destaca que a IBM obteve uma patente para um sistema que usa blockchain para ajudar controladores de tráfego aéreo a informarem o caminho de voo de cada drone e, até mesmo, fornecer uma resposta em tempo real caso o drone se aproxime demais de uma zona aérea restrita.

Dando um exemplo mais concreto, imagine um drone que deveria entregar um órgão humano para um transplante. Isso já aconteceu: em 2019, um drone entregou um rim que, então, foi transplantado com sucesso na Universidade de Maryland.

Um caminho de cerca de 4 km pela cidade de Baltimore foi feito pelo drone em dez minutos, enquanto uma viagem de carro demoraria entre 15 e 20 minutos.

“O tempo não é apenas um problema, mas uma outra preocupação é que o hospital receptor não sabe o caminho do órgão” e essa falta de esclarecimento pode resultar em atrasos desnecessários, de acordo com o relatório.

Na teoria, acrescentar blockchain ao processo permitiria que todas as entidades envolvidas — controladores de tráfego aéreo, o operador do drone, o próprio drone, o hospital que fornece o órgão e o hospital que receberá o órgão — rastreiem um conjunto importante de dados compartilhados.

Eles podem ter diversos níveis de acesso ao registro, que pode rastrear a posição do drone, sua rota prevista, o status do combustível e informações fundamentais sobre o próprio órgão e seu reservatório.

“Nesse estudo de caso, não apenas uma gama de informações valiosas estará imediatamente disponível, mas também é confiável, o que é fundamental tanto para as operações aéreas como para os procedimentos médicos”, conclui o relatório.

Confira, abaixo, em inglês, o relatório “Blockchain para Veículos Aéreos não Tripulados”:

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