Blockchain terá papel fundamental na revitalização econômica da Coreia do Sul

Apesar de não citar termos como “descentralização”, a tecnologia blockchain está no escopo do governo da Coreia do Sul.

Em um novo pacote de estímulos, o governo do país está focando em dois pilares: o “novo acordo digital” e o “novo acordo sustentável” para extrair valor de tecnologias emergentes, como inteligência artificial, 5G e blockchain e ter uma economia com baixo teor de carbono, respectivamente.

Segundo o site local Chosun, a tecnologia blockchain está sendo usada em ambos os acordos. As áreas de votação on-line, doação, bem-estar social, energia renovável, finanças, transações imobiliárias e projetos “amigáveis” são algumas das áreas que irão usar estruturas distribuídas.

O setor energético será o principal foco do acordo sustentável, pois registros públicos vão facilitar transações entre empresas de geração de energia, junto com o faturamento e acordo de contratos de energia renovável.

Espera-se que um sistema on-line de votação baseado em blockchain seja usado nas eleições presidenciais de 2022.

Serviços distribuídos de identidade também são um foco: a verificação de carteiras de habilitação e um serviço descentralizado de identificação já sendo utilizados são baseados em um sistema público de blockchain.

Moon Jae-in, presidente da Coreia do Sul, estima que esses acordos resultarão na criação de quase dois milhões de empregos nos próximos cinco anos. Serão investidos mais de 160 trilhões de wons coreanos (ou US$ 133 bilhões) no pacote de estímulos.

Toda essa inovação só foi possível após a aprovação de uma emenda em março deste ano, que tornava legal a negociação de criptoativos no país.

Além disso, em abril deste ano, o banco central do país, Bank of Korea, lançou um programa-piloto para testar um won digital e planeja lançá-lo até o fim de 2021.