Blinken defende interação maior dos EUA em meio a temor de China “agressiva”
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, apontou nesta terça-feira uma estratégia para aprofundar as alianças de seu país na Ásia, propondo fortalecer o trabalho de defesa e inteligência com parceiros de uma região do Indo-Pacífico cada vez mais preocupada com as “ações agressivas” da China.
Em visita à Indonésia, Blinken classificou o Indo-Pacífico como a região mais dinâmica do mundo, onde todos têm responsabilidade pela manutenção de um status quo sem coerção e intimidação, fazendo uma referência pouco velada à China.
Ele disse que os Estados Unidos, seus aliados e alguns dos que reivindicam o Mar do Sul da China repeliriam qualquer ação ilegal.
“Trabalharemos com nossos aliados e parceiros para defender a ordem baseada em regras, que construímos juntos ao longo de décadas, para fazer com que a região continue aberta e accessível”, disse Blinken em um discurso em uma universidade.
“Permitam-me ser claro: o objetivo de defender a ordem baseada em regras não é reprimir nenhum país. Ao invés disso, é proteger o direito de todos os países de escolherem seu próprio caminho, livres de coerção e intimidação.”
A China reivindica quase todo o Mar do Sul da China como seu, apesar de reivindicações coincidentes de outros países litorâneos e de um veredicto de um tribunal internacional segundo o qual o apelo de Pequim não tem base legal.
O governo chinês rejeita a postura dos EUA, que vê como interferência de uma potência estrangeira que poderia ameaçar a estabilidade da Ásia.