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BlackRock está entre os fundos gigantes que desembarcam na China

09 dez 2019, 15:15 - atualizado em 09 dez 2019, 15:15
BlackRock
Em outubro, a Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China disse que instituições estrangeiras poderiam solicitar o controle total de empreendimentos locais a partir de 2020 (Imagem: REUTERS/Toru Hanai)

Gestoras de recursos globais estão aceitando o convite da China para fazer mais negócios em um dos mercados financeiros que mais crescem no mundo.

Pelo menos seis empresas, que incluem BlackRock e Vanguard, disseram aos reguladores que pretendem solicitar licenças de fundos mútuos com controle 100% estrangeiro, disseram pessoas com conhecimento do assunto.

Em outubro, a Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China disse que instituições estrangeiras poderiam solicitar o controle total de empreendimentos locais a partir de 2020: os pedidos para novas empresas começam a ser recebidos em 1º de janeiro; para gestoras de fundos, o início é 1º de abril.

A Fidelity International, Van Eck Associates, Neuberger Berman e Schroders também conversaram com reguladores, disseram as pessoas, que não quiseram ser identificadas.

A Fidelity disse em comunicado que a empresa está “se preparando ativamente” para solicitar uma licença de fundo mútuo no momento adequado. Neuberger Berman e Vanguard não quiseram comentar. BlackRock, Van Eck e Schroders não responderam imediatamente aos pedidos de comentário.

A perspectiva de livre acesso aos ativos investíveis de chineses, de 90 trilhões de yuans (US$ 12,8 trilhões), atrai as maiores gestoras do mundo, mesmo quando a economia da China desacelera e o mercado acionário flutua em meio à guerra comercial com os EUA.

O mercado de fundos mútuos da China, ou mercado de varejo, aumentou mais de seis vezes desde 2011, para quase 14 trilhões de yuans.

“A resposta dos gestores globais tem sido bastante positiva para a flexibilização das políticas, e esperamos mais pedidos”, disse Ren Zhiyi, sócio do escritório de advocacia Fangda Partners, em Xangai. “É uma grande oportunidade para um mercado em relação ao qual estão otimistas a longo prazo.”

bloomberg@moneytimes.com.br