BlackRock aposta em ativos emergentes com visão de dólar fraco
A BlackRock, encorajada por sua visão de um dólar estável ou mais fraco em 2020, está dobrando sua preferência por ações de mercados emergentes e dívida em moeda local.
Mesmo quando a ansiedade aumenta em torno do surto de um vírus mortal na China, a empresa aposta em mais apetite ao risco durante os próximos seis a 12 meses.
O acordo comercial EUA-China e o acordo EUA-México–Canadá este mês aliviam alguns dos principais fatores de risco que sustentam o dólar, de acordo com o braço de pesquisa da empresa, o BlackRock Investment Institute.
Com menos inclinação para buscar segurança, os investidores podem optar por ativos mais arriscados, Mike Pyle em Nova York e Elga Bartsch e Beata Harasim em Londres escreveram.
“O alívio das tensões comerciais deve sustentar o apetite ao risco, reduzindo a demanda de ‘porto seguro’”, escreveram eles. “Nossa visão da moeda sustenta nossa preferência por dívidas de emergentes em moeda local e ações.”
O dólar também perderá força com a pausa do Federal Reserve e da maioria dos outros bancos centrais de mercados desenvolvidos, de acordo com a BlackRock.
Isso deixa os bancos centrais de mercados emergentes, que ainda têm espaço para flexibilização, a capacidade de oferecer ainda mais suporte às moedas à medida que o crescimento global estiver mais elevado, escreveram eles.
Além disso, as estratégias de carry são mais atraentes nos mercados emergentes em meio a menor volatilidade. Yuan estável ou ligeiramente valorizado pode impulsionar outras moedas asiáticas emergentes, como a rupia indonésia, disseram eles.
O rublo russo e o real estão “avaliados de forma barata após fortes quedas nos últimos anos”, escreveram eles. “A valorização das moedas emergentes tem historicamente contribuído para retornos positivos nos ativos emergentes em geral”.