Mercados

Black Friday vira tábua de salvação para gigante do varejo americano

16 nov 2022, 12:45 - atualizado em 16 nov 2022, 12:45
Target
Target reportou queda de 50% das vendas no terceiro trimestre (Imagem: Facebook/ Target)

Com crescimento de 1,3% em outubro, os dados do varejo americano chegaram acima da expectativa do mercado e podem ser um motivo de comemoração para quem precisa desesperadamente de boas notícias no setor.

É o caso da Target, segunda maior rede varejista dos EUA, que reportou ontem uma queda de 50% na receita trimestral. O resultado negativo já havia azedado os ânimos dos investidores no after-market da terça-feira e confere à ação uma queda vertiginosa de 15% no início do pregão de hoje.

A penúria atravessada pela Target foi prenunciada no trimestre anterior, quando a empresa anunciou uma queda de 90% no lucro, à medida que uma política de descontos agressivos não conseguiu reverter o impacto da redução nos gastos de consumidores com bens discricionários.

Nesta rodada, a história não foi diferente. A loja de descontos continuou em expansão no trimestre, à medida que as famílias sentem a pressão do encolhimento de seus orçamentos em meio à mordida da inflação e do ciclo de alta de juros. Em geral, as pessoas gastaram menos em itens discricionários.

Botando na ponta do lápis todas as turbulências, a Target viu o lucro-por-ação (EPS, na sigla em inglês) de US$1,56 vir quase a metade do que esperava o mercado.

A Target atualizou também o seu guidance para o último trimestre do ano. Mesmo com as perspectivas mais sombrias para o final do ano, a empresa ainda conta com três datas importantes no calendário comercial — o feriado de Ação de Graças, a Black Friday e o Natal — para dar um pouco mais de brilho a um ano traumático para os varejistas.

Perdas por roubo em lojas chegam a US$ 400 mi

Uma das justificativas apontadas pelo CEO Michael Fiddelke para os resultados do trimestre é a perda de estoque por roubo nas lojas físicas, que chegam a bagatela de quase meio bilhão de dólares em 2022. Na avaliação de Fiddelke, a tendência tem se agravado nos últimos tempos.

Em outro comentário feito ao Yahoo Finance, um porta-voz da companhia diz que os roubos são equiparáveis à atuação de uma organização criminosa.

Outros nomes do setor varejista, como a Best Buy e a Rite-Aid, já constataram encolhimento dos estoques por causa semelhante.

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