Black Friday: Varejo brasileiro ameaçado por Shein e Shopee? Evento é crítico para 4T23, avalia XP
A Black Friday ocorre no próximo mês. Sendo importante para o setor de varejo, combinado às festas de fim de ano, o evento é crítico para definir o tom dos resultados do quart trimestre das empresas, avalia a XP Investimentos.
A corretora destaca que o evento tem maior relevância para as empresas de e-commerce, como Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3), uma vez que eletrônicos e eletrodomésticos são historicamente favorecidos na data.
No entanto, ressaltam que o setor de moda e cosméticos têm ganhado relevância, movimento possivelmente explicado pelo poder de compra mais restrito dos consumidores.
Neste sentido, Lojas Renner (LREN3), Grupo Soma (SOMA3), Arezzo (ARZZ3) e Natura (NTCO3) também devem se beneficiar com a data.
De acordo com um relatório da Olisti, a expectativa é de que o evento movimente mais de R$ 6 bilhões esse ano. As perspectivas de consumo também são promissoras.
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Tendências da Black Friday 2023
De acordo com um estudo da MField sobre tendências de consumo, 76% dos consumidores têm intenção de fazer compras no evento.
O desafio está no poder de compra dos entrevistados, com 42% dizendo que estão passando por um período difícil economicamente, mas com a pretensão de aproveitar as ofertas.
Ainda segundo o estudo da MField, as categorias favoritas são moda (39%), seguido de eletrônicos (38%) e cosméticos (36%). Em relação aos e-commerces favoritos, estão Amazon (73%), Shopee (49%), Shein (45%), Magazine Luiza (42%) e Mercado Livre (41%).
Já a pesquisa feita pela Méliuz indica que 95% dos entrevistados estão dispostos a fazer compras na Black Friday, com 32% querendo gastar mais de R$ 1 mil.
As categorias de destaque são eletrônicos (49%) e eletrodomésticos (45%), além de vestuário (31%), calçados (28%) e cosméticos (22%).
Por fim, uma pesquisa do Google aponta que 67% dos brasileiros pretendem fazer compras na data. Em relação às categorias, vestuário lidera (46%), seguido de cosméticos (41%), calçados (38%) e eletrodomésticos/celulares (35%).
Shein e Shopee são risco para Black Friday brasileira?
Para este ano, a XP avalia que existe risco para o desempenho de nomes nacionais, diante da preferência dos consumidores por concorrentes asiáticos, visto que o levantamento da MField aponta preferência dos consumidores por plataformas estrangeiras, com Shopee e Shein no top 3.
“Na nossa visão, isso é um risco para a performance das varejistas, principalmente em meio à implementação e adesão das plataformas à Remessa Conforme“, avaliam os analistas.