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Black Friday: Varejistas driblam impactos da Copa do Mundo na maior data de compras em novembro

06 out 2022, 19:23 - atualizado em 06 out 2022, 19:23
Pela primeira vez, Black Friday e Copa do Mundo irão ocorrer em paralelo (Imagem: Agência Brasil)

Black Friday de 2022 acontece em 25 de novembro. A data, marcada por megaofertas e descontos, ocorre um dia após a estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo.

Para a XP Investimentos, essa coincidência de acontecimentos em paralelo representa um risco para as varejistas.

Para a corretora, os jogos da Copa do Mundo devem atrapalhar o fluxo de clientes em loja, o que deve se traduzir em menor demanda.

Porém, as empresas estão se preparando para tentar reduzir os potenciais impactos.

O drible do varejo

A 1ª edição da XP Fashion Conference reuniu 14 empresas: Alpargatas, Arezzo&Co, C&A, Chilli Beans, Grendene, Grupo SBF, Grupo Soma, Guararapes, Live!, Lojas Renner, Marisa, Track&Field, Vivara e Vulcabras.

Com o evento, a XP aponta que a Copa do Mundo é um risco.

Para lidar com os impactos do evento, as varejistas apontaram as seguintes soluções:

  • antecipação da Black Friday;
  • estratégia de cashback para provocar recompras dentro do próprio trimestre;
  • pagamentos pelo telefone diretamente com vendedores em loja e um reforço de estoques para a demanda do Natal;
  • uma sólida estratégia multicanal, trabalhando a conveniência.

Festa do varejo

Fabio Fares, especialista em macroeconomia da Quantzed, espera uma verdadeira “festa do varejo” no período da Copa aqui no país, com um consumo acelerado de pessoas que querem aproveitar o momento.

Gustavo Pazos, analista da Warren, cita o segmento de vestuários esportivos e de bebidas como os principais beneficiados durante o evento no Brasil.

Grupo SBF (SBFG3), dono da Centauro, e a Track & Field (TFCO4), podem ser destaques nesse contexto, já que as pessoas compram mais roupas de esportes e da seleção, além da Ambev (ABEV3) e Heineken (HEIA34) avalia Pazos.

Para Rodrigo Azevedo, economista e sócio-fundador da GT Capital Investimentos, a Copa do Mundo ainda pode aquecer a atividade de empresas de alimentos, como Minerva (BEEF3), Marfrig (MRFG3), JBS (JBSS3), por estarem fortemente ligadas aos momentos de socialização do evento.

Além disso, empresas de varejo como Magazine Luiza (MGLU3) e VIA (VIIA3) tendem a se beneficiar com a compra de televisores maiores ou mais modernos por parte dos torcedores.

Para Fares, a recessão dos EUA deve aprofundar em outubro e novembro, mesma época das eleições, e pode ter reflexo no Brasil nos meses seguintes.

“O evento da Copa, realmente, melhora a expectativa de resultados dessas empresas, mas muito menos do que poderia se o mundo estivesse bom”, pondera Fares.

* Com Iasmin Rao Paiva

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