Black Friday: O que você precisa saber antes de comprar em sites de produtos importados
A Black Friday aumenta o fluxo de acesso de brasileiros aos sites que vendem produtos importados. Mas o consumidor deve ficar atento a alguns detalhes antes de colocar produtos de fora do país no carrinho.
A preocupação com sites estrangeiros já chega a grande parcela dos consumidores online: 56,5% dos que responderam a uma pesquisa do Reclame Aqui em agosto disseram que já compraram ou compram de sites chineses.
A motivação para 54,7% é a busca por produtos mais baratos, enquanto 18,6% vê a possibilidade de encontrar itens não disponíveis em sites do Brasil, de acordo com o levantamento.
O CEO do site de reclamações contra empresas, Edu Neves, lembra que a compra de produtos importados não cabe ao Código de Defesa do Consumidor (CDC). “É uma compra por sua conta e risco”, disse em texto publicado pela companhia.
“Quando acontece algo em sites desses, você não tem pra quem reclamar, porque ali é uma relação pura, sua com a marca”, alerta o executivo, que também cita custos alfandegários para determinados tipos de produtos. “A Receita Federal vai emitir uma DARF e vai mandar pra você”.
Nem toda plataforma de compra internacional mostra qual pode ser o custo alfandegário ou avisa que pode ter esse custo. “Alguns têm um seguro, mas é para o caso de danificar ou extraviar o produto, se acontecer algo, o seguro indeniza você”, destaca Neves.
Fique de olho
O Reclame Aqui disse que, ao acessar sites chineses ou grandes e-commerces que vendem mercadorias de muitos países, é preciso atenção ao selecionar e conferir se a compra está sendo feita de um site brasileiro ou não.
Se for um produto brasileiro, pesquise sobre a loja que o vende e quem faz a entrega, recomenda o site. “Verifique o valor do frete e prazo de entrega”.
Caso o produto não seja brasileiro, diz o Reclame Aqui, note que para recebê-lo, você poderá pagar impostos extras, que podem não ter sido cobrados na hora do pagamento — é a taxa de importação.
O site que reúne reclamações contra empresas também recomenda que o consumidor veja a política de troca e como a ferramenta funciona, caso seja preciso trocar um produto que veio de outro país. “Haverá cobranças extras? Quem vai pagar?”.
O Reclame Aqui também o prazo de entrega e diz que é melhor que o consumidor peça um código de rastreamento e guarde todos os documentos de compra para estar bem protegido de seus direitos, em caso de atraso na entrega ou não recebimento.