Black Friday de 2023 é a segunda pior da história, mas uma varejista saiu por cima; entenda
A Black Friday é uma das principais datas do varejo, no entanto, o ano de 2023 não trouxe números promissores. Apesar do destaque de Mercado Livre (MELI34), outras gigantes enfrentaram um ano de números aquém dos registrados em edições anteriores.
Conforme dados da Confi.Neotrust, em parceria com a ClearSale, entre quinta-feira (23) e sábado (25) foram R$ 4,5 bilhões em vendas. Trata-se de 14,4% a menos, quando comparado com o mesmo período do ano passado.
A receita foi afetada pela queda no volume de pedidos no período (-15,5% A/A), e a discreta alta no ticket médio (-1,3% A/A) não conseguiu compensar a menor quantidade de compras.
Neste sentido, Rafael Passos, analista da Ajax Asset, destaca que a Black Friday de 2023 foi a segunda pior da história do evento, que ocorre desde 2010 no Brasil.
Passos avalia que os dados ainda reforçam um ambiente econômico difícil aos players de comércio eletrônico e varejistas focados em eletroeletrônicos, como Casas Bahia (BHIA3) e Magazine Luiza (MGLU3), e moda de baixa renda, como C&A (CEAB3), Lojas Renner (LREN3) e Marisa (AMAR3).
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Quem se deu bem nessa Black Friday
Analistas da Guide Investimentos avaliam que apesar de uma difícil leitura dos dados que foram divulgados, não há sinais de forte desempenho das varejistas na Black Friday, exceto Mercado Livre.
Para os analistas, o cenário corrobora com a tese de que o varejo deve continuar sofrendo com o poder de compra e a situação de crédito do consumidor pressionados.
A corretora destaca ainda o desempenho das ações de varejistas na sexta-feira (24). Confira:
- Mercado Livre (MELI34): +1.3%; +R$4.8bi de valor de mercado
- Magazine Luiza (MGLU3): –8.3%; -R$1.2bi de valor de mercado
- Casas Bahia (BHIA3): –8.6%; -R$ 120mi em valor de mercado
- Outras varejistas sob cobertura (majoritariamente vestuário): -1.9%
Para Rafael Passos, da Ajax, nomes com melhor histórico de execução do management (gestão) e líderes de participação no mercado devem continuar a performar acima dos pares, com ganhos de participação de mercado, como Arezzo (ARZZ3) e Vivara (VIVA3).
Já Mercado Livre não tem o que reclamar, apenas entre os dia 01 e 23 de novembro, a companhia faturou o equivalente a três Black Fridays, segundo o Valor Pro.
O serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico acrescentou que o Mercado Livre e os lojistas parceiros registram um aumento entre 50% e 100% no GMV (valor bruto de vendas), um dos indicadores de desempenho mais importantes de qualquer marketplace, pois indica o volume total de transações gerado pela plataforma.