Black Friday da Bolsa: 5 ações ‘boas e baratas’ para comprar agora
A Black Friday de 2023 já bate à porta e as ofertas vêm junto. Na bolsa de valores, também é possível encontrar oportunidades — não em promoções, mas, sim, em ativos descontados.
Em meio a uma maré positiva da B3, em que o Ibovespa (IBOV) acumula alta de 11% só no mês de novembro, algumas ações ainda não seguiram o ritmo e têm valuations (valor justo do ativo) atrativos.
- Black Friday na bolsa: Analista da Empiricus Research revela ação que está uma pechincha e tem potencial para entregar bons retornos aos acionistas; confira a oportunidade clicando aqui:
Com base nos valuations e fundamentos dos papéis, o Money Times foi atrás de bons nomes que estão ‘uma pechincha’ frente ao potencial que podem entregar futuramente. O levantamento revela cinco ativos ‘bons e baratos’.
Black Friday da Bolsa: 5 ações boas e baratas
Weg
As ações da Weg entram na lista de ativos bons e baratos, uma vez que o “valuation ficou mais razoável”. WEGE3 valia R$ 33,66 no último fechamento (21).
A recomendação é da analista da Empiricus Researh, Larissa Quaresma, que afirma que, devido aos movimentos de mercado, o papel caiu mais de 15% desde as máximas do ano. “A Weg negocia a 26x seus lucros e 18x Ebitda para o ano que vem, o que é abaixo da média histórica dos últimos 5 anos”, avalia.
Além disso, Quaresma ressalta a maior aquisição da história da companhia. A compra da Regal Rexnord fez com que a Weg ganhasse relevância em mercados estratégicos e clientes globais.
“Enxergamos a janela atual — que conta com uma maior aversão a risco dos investidores — como uma boa oportunidade para nos posicionarmos em uma empresa de altíssima qualidade, com resultados dolarizados e resilientes”, diz.
Itaú
Para a analista da Empiricus, o atual patamar das ações do Itaú (ITUB4) — de R$ 30,70 — é um bom ponto de entrada. Apesar de negociar com prêmio em termos de valuation, justificado pela qualidade e crescimento acima dos pares, o momento é razoável em relação a média histórica.
“As ações do banco negociam a 1,5x seu preço sobre valor patrimonial, desconto de 15% em relação à média histórica dos últimos 5 anos”, diz Quaresma.
Entre os pontos fortes do fundamento de Itaú, a analista cita: a performance melhor que os pares na parte de crédito; o ganho de eficiência e rentabilidade também superiores; e o ciclo de afrouxamento monetário.
“O crescimento e qualidade da carteira de crédito deve se aliar a um controle de despesas relativamente melhor que os concorrentes. Assim, enxergamos potencial para a companhia continuar entregando o melhor retorno sobre patrimônio líquido entre os bancos privados”, destaca.
Equatorial
A Equatorial negocia com taxas de retorno atrativas, apesar da qualidade e histórico, diz Quaresma, da Empiricus. EQTL3 valia R$ 34,06 no último fechamento.
Em termos de EV/Ebitda, a companhia está abaixo do patamar médio dos últimos anos (8 vezes) e, TIR real, em torno de 10%. “Um ótimo ponto de entrada”, avalia.
As expectativas são de um turnaround das últimas quatro concessões de distribuição de energia elétrica adquiridas, com melhoria de resultados via redução de perdas e investimento na Base de Ativos Regulatórios. Além disso, a analista não descarta a possibilidade de novas aquisições no segmento de distribuição.
Por fim, a Equaotiral se beneficia do El Niño, pois as temperaturas mais elevadas no Nordeste podem elevar o consumo de energia.
C&A
O mercado espera ansiosamente a virada do varejo e as ações da C&A podem ser uma boa para aproveitar esse momento futuramente. É o que diz o analista da Benndorf, Júlio Borba, ao ressaltar que o valuation de CEAB3 segue “muito atrativo”.
Segundo o analista, a companhia é uma das mais baratas do varejo de vestuário atualmente. A C&A “vem convergindo operacionalmente para a média do setor e, futuramente, pode se tornar referência, passando a posição da Renner“.
As ações da varejista devem se beneficiar da queda dos juros no Brasil. No último fechamento, CEAB3 era cotada a R$ 8,10.
Plano & Plano
A Plano & Plano (PLPL3) é mais uma das companhias que negocia a um “valuation muito barato”, diz Borba, da Benndorf. As ações fecharam a R$ 11,27 na véspera.
Segundo o analista, o papel é atraente, pois está descontado quando considerada a perspectiva de crescimento e margens saudáveis.
Além disso, a companhia se beneficia da revisão da remuneração do FGTS — que reduz o risco de investimento no segmento de baixa renda da construção civil.