Black Friday

Black Friday: Burger King e McDonald’s batem B2W de virada; veja os campões de queixas

30 nov 2019, 13:19 - atualizado em 30 nov 2019, 13:23
Burger King
No olho do furacão: Burger King quer esquecer a Black Friday de 2019 (Imagem: REUTERS/Chris Helgren)

O Burger King (BKBR3) e o McDonald’s, as duas maiores redes de fast food do Brasil, protagonizaram uma virada nada desejável nas últimas horas da Black Friday, realizada nesta sexta-feira (29). No fim da noite, ambas superaram a B2W (BTOW3) em número de queixas no Procon de São Paulo.

Segundo o último boletim divulgado pelo órgão, até as 22h, foram realizados 743 atendimentos, sendo 349 consultas e 394 reclamações, que chegaram via telefone, redes sociais e aplicativo.

Até o boletim anterior, das 20 horas, a B2W, uma das maiores empresas de varejo online do país e dona de marcas como Americanas.com, Submarino e Shoptime, liderava o ranking com 34 queixas, seguida pelo McDonald’s (28) e Burger King (26).

De virada

Mas, duas horas depois, o Procon já detectava a ultrapassagem, com o Burger King conquistando o nada honroso primeiro lugar (43 queixas), seguido pelo McDonald’s (40). A B2W caiu para terceiro, com37.

Lojas Americanas
Escapou: B2W, dona de marcas como Americanas.com, ficou para trás, em número de queixas, nas últimas horas da Black Friday (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

Os problemas das redes de fast food foram causados por um parceiro, o Mercado Pago, empresa de meios de pagamento do Mercado Livre. Tanto o McDonald’s, quanto o Burger King criaram promoções para a data, junto com o Mercado Pago.

Para se beneficiar, os clientes deveriam baixar o aplicativo do Mercado Pago em seus celulares e apresentar o QR Code da campanha nas lanchonetes participantes. Mas o Procon de São Paulo constatou que, ao longo do dia, o sistema estava fora do ar em diversas lojas.

Além disso, muitos clientes tiveram problemas para baixar o app. O resultado foi a frustração de muitos consumidores e dores de cabeça para as duas redes. O Procon informou que notificou ambas e, agora, abrirá um processo administrativo. Se condenados, Burger King e McDonald’s deverão pagar multas.

Foi mal

No início da noite de sexta, o Mercado Pago divulgou nota à imprensa em que assumia a responsabilidade pelos problemas e anunciava providências para repará-los, como a extensão da promoção para outros meios de pagamento, como cartões de débito e crédito.

O Burger King e o McDonald’s também soltaram comunicados em que se desculpavam pelas ocorrências, atribuíam a instabilidade ao Mercado Pago e se dispunham a compensar os clientes.

O ranking do Procon de São Paulo lista as sete empresas com mais reclamações ao longo do dia. No total, elas responderam por 50,24% das ocorrências registradas pela fiscalização, o equivalente a 198 das 394 reclamações formalizadas.

Além disso, o órgão também relacionou os principais motivos de descontentamento. O maior deles foi a falta do produto anunciado, seguido por falsos descontos – quando a promoção não é cumprida pela empresa.

Veja, a seguir, quem mais se queimou com os paulistanos na Black Friday 2019, segundo o Procon.

Empresa Ticker Queixas % do total
Burger King BKBR3 43 10,91%
McDonald’s na 40 10,15%
B2W (Americanas.com, Submarino, Shoptime,

Sou Barato e Lojas Americanas)

BTOW3 37 9,39%
Via Varejo (Casas Bahia, Ponto Frio e Extra.com) VVAR3 32 8,12%
Magazine Luiza MGLU3 21 5,33%
Carrefour CRFB3 16 4,06%
Mercado Livre na 9 2,28%
Total de queixas 198 50,24%
Total geral de queixas 394 100%

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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