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Bitmain afirma que não irá mais enviar mineradores de bitcoin para China

11 out 2021, 14:59 - atualizado em 11 out 2021, 14:59
Bitmain
A decisão da Bitmain poderá impactar sua fonte de receitas, pois o mercado chinês foi responsável por 50% da receita da empresa em 2017 (Imagem: YouTube/Bitmain)

Bitmain, empresa fabricante de hardware para mineração de bitcoin (BTC), não irá mais enviar suas máquinas para endereços na China continental.

A empresa sediada em Pequim  fez o comunicado nesse domingo (10), dizendo que seguirá os regulamentos locais e suspenderá as entregas domésticas a partir de hoje, mas as aquisições feitas no exterior continuam normalmente.

A iniciativa da Bitmain pode não impactar tanto a empresa, já que suas vendas domésticas vinham caindo desde o final do ano passado, devido ao aumento das operações de mineração cripto na América do Norte.

Porém, a mudança da empresa pode marcar formalmente o fim de sua participação no mercado doméstico, que representou quase 50% de sua receita em 2017 e cerca de 40% no primeiro semestre de 2018.

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Mineração doméstica

Desde a proibição da mineração cripto pelo governo chinês, o número de operações de mineração doméstica na China com placas de vídeo (GPUs) aumentou, mas as autoridades do país têm reforçado suas medidas para descobrir atividades ilegais de mineração.

Por exemplo, o governo da província de Jiangsu conduziu recentemente uma investigação sobre o consumo de energia local e o tráfego de endereços de protocolo de internet (IP) do pool de mineração cripto.

As autoridades detectaram mais de 4.502 endereços de IP na província que eram suspeitos de atividades de mineração e que consumiram 260 mil quilowatts-hora (KWh) de energia.

Curiosamente, 21% desses endereços IP de mineração foram encontrados dentro de agências governamentais, escolas públicas e empresas.

De acordo com mensagens compartilhadas com o The Block, alguns mineradores cripto chineses também compartilharam recentemente anedotas, após terem recebido ligações de agências locais de energia e telecomunicações, as quais os questionaram sobre suspeitas de mineração e enviaram funcionários para inspeção no local, devido ao consumo anormal de energia.