Bitcoins “inativos” de 2009 podem não estar perdidos, e sim muito bem guardados
Recentemente, 50 BTC minerados em 2009 e inativos desde então foram movimentados na última quarta-feira (20). A recente polêmica envolvendo o infame Craig Wright, que há anos afirma ser o verdadeiro criador do protocolo Bitcoin, gerou uma debate em toda a comunidade cripto.
O protocolo Bitcoin data de 3 de janeiro de 2009 e todas as transações já feitas em sua história estão disponíveis no blockchain.
Muito se especula que as primeiras moedas emitidas foram mineradas por Satoshi Nakamoto, o anônimo criador (ou grupo de criadores) do Bitcoin. Então, esses 50 BTC movimentados na semana passada supostamente seriam dele(s).
Porém, devido à polêmica envolvendo Craig Wright e seus milhares de endereços de bitcoin, que supostamente contêm esses bitcoins antigos, responde um questionamento há muito tempo discutido: esses bitcoins antigos e não movimentados estariam perdidos?
É necessário ter uma carteira para guardar ou transacionais seus bitcoins. Por ser tudo digital, o acesso às criptomoedas é possível com uma chave privada (que você não pode perder) e uma chave pública (a qual você compartilha com quem fará uma transferência a você).
Se você perder o acesso à sua chave privada, é impossível recuperar as criptomoedas guardadas.
Logo, todos levaram um susto quando essa quantia de bitcoins (atualmente avaliada em US$ 9,3 bilhões) virou manchete, pois muitos achavam que esses fundos estavam perdidos (que o dono havia perdido o acesso às chaves privadas).
Essa confirmação veio à tona quando, no último final de semana, o verdadeiro dono de 145 endereços, dentre os milhares que Wright afirma estarem sob sua posse, enviou uma mensagem no blockchain, chamando o tal criador do protocolo de “fraude”.
De acordo com o site Decrypt, os bitcoins desses 145 endereços foram minerados entre 10 de maio de 2019 e 10 de janeiro de 2020, segundo análise da empresa Chainalysis, totalizando US$ 64 milhões.
Assim, os fundos inativos não foram perdidos com chaves privadas e podem estar bem guardados pelos “hodlers” da rede, que ainda têm acesso à rede e ainda podem movimentar os bitcoins “dormentes”.