Bitcoin pode cair mais ainda, aponta analista
Desde a máxima histórica do bitcoin, a criptomoeda apresentou uma desvalorização de 38,65%, atingindo a marca de US$ 42 mil neste último fim de semana. Esta movimentação abrupta de preço surpreendeu diversos investidores que esperavam que o ativo pudesse renovar sua máxima histórica ainda este ano rumo aos US$ 100 mil.
Segundo o especialista Orlando Telles, analista da Mercurius Crypto, casa de pesquisa em criptoativos, desde a primeira correção observada, o setor ainda estava muito alavancado e pessimista com o volume baixo e a possibilidade de uma correção apesar da neutralidade do mercado.
“Estávamos em um cenário próximo a máxima histórica de Open Interest (contratos futuros em aberto), o que indicava um excesso de alavancagem que, somado ao baixo volume, poderia gerar uma liquidação cascata.”
De acordo com o site Coinglass, como resultado, ocorreu a liquidação de US$ 2.52 bilhões em um único dia, maior valor desde setembro deste ano, promovendo uma redução significativa da alavancagem do mercado e um sentimento negativo, características comuns de momentos de recuperação de preço.
Telles aponta que não se pode descartar a possibilidade do mercado cair ainda mais, visto que no dia 14 de dezembro haverá uma reunião do Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos (FED), que pode aumentar a taxa de juros e acentuar esse movimento.
“A meu ver, esse cenário é pouco provável para este ano, podendo se concretizar apenas em janeiro ou fevereiro de 2022, o que, por sua vez, ajudaria na recuperação do mercado.”