Bitcoin (BTC) mantém ritmo de queda e mercado termina a semana no vermelho
Nesta sexta-feira (6), o Bitcoin (BTC) continua mostrando quedas nas últimas 24 horas, chegando a ficar abaixo de US$ 35.500. A maior criptomoeda em capitalização de mercado tem uma variação negativa diária de 0,91%.
O Ether (ETH), criptoativo da rede de contratos inteligentes da Ethereum, também vem apresentando ritmo de queda, chegando a ser cotado abaixo de US$ 2.600, sua variação diária é negativa em 1,76%.
Segundo dados do CoinMarketCap, a capitalização de mercado da somatória de todos criptoativos teve uma baixa de cerca de 0,91%. O total somado hoje é de US$ 1,66 trilhão. A dominância do bitcoin e do ether é de, respectivamente, 41,4% e 19,6%.
Apertem os cintos, o piloto sumiu
Lucas Passarini, especialista em trading de criptoativos do Mercado Bitcoin, comenta que os indicadores técnicos sugerem que o preço do BTC pode cair ainda mais, até que haja um novo suporte que deverá ficar entre US$ 30 mil a US$ 32 mil à medida em que o impulso enfraquece.
Para ele, ainda não há sinais de que o movimento de queda tenha se extinguido.
“Nesta semana também, o bitcoin chegou na metade do caminho para o próximo halving, com novo recorde do hash rate. Os halvings ocorrem a cada 210 mil blocos minerados, sendo que o bloco 735.000, minerado ontem, marcou a metade do caminho.”
Quando ocorre um halving, a remuneração dos mineradores em BTC cai pela metade. O próximo halving deverá acontecer em abril de 2024, sendo que o último bitcoin deverá ser minerado no ano de 2.140, conforme apontado.
Ao chegar no meio do caminho para o próximo halving, a taxa de hash atingiu um novo recorde durante a noite de 04 de maio, alcançando 249,1 exahashes por segundo.
“Vale destacar que quando a taxa hash está alta, isso indica mais segurança na rede, pois exige um maior poder computacional dos mineradores”, diz.
Além do aumento da hash rate, Passarini indica que as liquidações em produtos de investimento em bitcoin também são as mais altas desde junho de 2021.
“No total foram retirados US$ 133 milhões em investimentos na semana passada, de acordo com relatório do CoinShares publicado ontem”, aponta.
Para ele, saídas de caixa podem ser interpretadas como um sinal de pessimismo, porque isso pode ser visto como uma migração para outros criptoativos, ou até mesmo para ativos mais seguros, como forma de proteção contra os impasses macroeconômicos vigentes.
Finanças descentralizadas (DeFi)
No setor de finanças descentralizadas (DeFi), os principais protocolos também permanecem em queda no dia de hoje em seu Valor Total Travado, ou TVL na sigla em inglês.
O valor total travado em DeFi, segundo o site Defillama, voltou a ficar abaixo de U$ 200 bilhões – cerca de U$ 194,68 bi -, e hoje mostra uma variação diária negativa de 5,39%.
De acordo com o mesmo site de análise, a Curve (CRV), corretora descentralizada (DeX), apresenta um TVL de US$ 18,5 bilhões, um decréscimo de 0,23% nas últimas 24h.
A maior DeX do mercado aumenta sua dominância no setor DeFi em 9,50%.
O protocolo Lido (LDO), que garante liquidez aos ativos em staking, tem quedas em seu TVL de 0,15% e se mantém em segundo lugar com US$ 18,09 bilhões travados no protocolo.
A Anchor (ANC), maior plataforma de empréstimos descentralizados da rede Terra, diminuiu seu TVL em 0,24% nas últimas 24h. Seu valor total travado no protocolo agora é de US$ 16,9 bilhões.
A MakerDAO, protocolo emissor da stablecoin DAI, vai na contramão, e valoriza 1,18%, totalizando US$ 12,93 bilhões em TVL. A rede agora está em quarto lugar pelo site de análise.
A Convex Finance, protocolo de rendimento da Ethereum, tem uma variação diária negativa de 0,94%, somando U$ 11,37 bilhões.
Por fim, o principal protocolo de empréstimos descentralizado da Ethereum, Aave (AAVE), aumentou seu capital travado em 0,66%, agora conta com US$ 11,22 bilhões na plataforma.
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