Bitcoin (BTC): mercado cripto continua incerto com cenário macroeconômico

Nesta terça-feira (26), o Bitcoin (BTC) passou o dia abaixo de U$ 40 mil, mesmo tendo uma variação diária positiva de cerca de 2%.

O Ether (ETH), criptoativo da rede de contratos inteligentes da Ethereum, também mostrou variações em 24 horas positivas de mais de 1,5%, mas passou o dia abaixo de U$3 mil. 

Segundo dados do CoinMarketCap, a capitalização de mercado da somatória de todos criptoativos teve alta cerca de 2%. O total somado hoje é de US$ 1,79 trilhões. A dominância do bitcoin e do ether é de, respectivamente, 41,5% e 19,3%.

Análise do mercado

Pedro Dias, trader no Mercado Bitcoin, diz que “o mau humor se instalou mais uma vez nos mercados de risco globais”.

O S&P 500 fechou em queda de 2,81%, e o índice da Nasdaq recuou 3,95%, enquanto o bitcoin teve uma retração de 5,72%, devolvendo a alta de segunda-feira como aponta.

“O cenário macro e geopolítico continua pesando contra tais classes de investimentos. Os investidores estão de olho em fatores externos: inflação global, covid-19 na China e possibilidade de aperto monetário nos EUA. Outro fator que também passou a preocupar os investidores foi o anúncio da Rússia de que irá cortar o fornecimento de gás para a Polônia. Além disso, o ministro russo Sergei Lavrov declarou recentemente que o risco de guerra nuclear é real e sério.”

Nesse sentido, para o analista, a faixa de preços entre US$ 37 mil e US$ 38 mil se apresenta como um suporte importante. Caso o bitcoin perca essa faixa, o próximo teste será nos US$ 30 mil.

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“Nem os sinais positivos no mercado brasileiro com o avanço do marco regulatório das criptomoedas foram capazes de levar otimismo aos investidores”.

Dias se refere à PL 3.825/2019, que regula o setor de criptoativos no Brasil. O texto foi aprovado ontem pelo Plenário do Senado. A matéria original é de autoria do senador Flávio Arns (Podemos/PR) e teve a relatoria feita pelo senador Irajá (PSD/TO).

“Entre as mudanças feitas antes da aprovação, a principal foi o tempo de reclusão para o tipo penal criado pela lei, que foi diminuído de 4 a 8 anos para 2 a 6 anos, ficando mais próximo do que é previsto no crime de estelionato. Agora, o texto segue para a Câmara dos Deputados, onde precisará ser aprovado pela maioria dos 513 deputados para, então, ser sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro.”

Finanças descentralizadas (DeFi)

No setor de finanças descentralizadas (DeFi), os principais protocolos também leves recuperações em seu Valor Total Travado, ou TVL na sigla em inglês, mas não suficiente para retomar as perdas em 24 horas.

O valor total travado em DeFi, segundo o site Defillama, é de US$ 207,14 bilhões, uma variação diária negativa de 3,03%.

De acordo com o mesmo site de análise, A Curve (CRV), corretora descentralizada (DeX), apresenta um TVL de US$ 19,66 bilhões, um acréscimo de 0,97% nas últimas 24h.

A maior DeX do mercado aumentou sua dominância no setor DeFi em 9,49%.

O protocolo Lido (LDO), que garante liquidez aos ativos em staking, aumentou seu TVL em 0,62% e se mantém em segundo lugar com US$ 18,24 bilhões travados no protocolo.

A Anchor (ANC), maior plataforma de empréstimos descentralizados da rede Terra, continua em terceiro lugar, seu TVL sobe 0,44% nas últimas 24h. Seu valor total travado no protocolo agora é de US$ 16,37 bilhões.

A MakerDAO, protocolo emissor da stablecoin DAI, valoriza 0,10% e totaliza US$ 13,59 bilhões em TVL. A rede agora está em quarto lugar pelo site de análise.

O quinto lugar continua ocupado por outra plataforma, que tomou o espaço da Aave recentemente.

A Convex Finance, protocolo de rendimento da Ethereum, tem uma variação diária positiva de 1,78%, somando U$ 12,11 bilhões e – apesar das perdas – continua ultrapassando a Aave.

Por fim, o principal protocolo de empréstimos descentralizado da Ethereum, Aave (AAVE), aumenta seu capital travado em 0,67%, agora conta com US$ 11,61 bilhões na plataforma.

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