Bitcoin: de primeiro colocado a retardatário; entenda

O Bitcoin passou de primeiro colocado a retardatário no mercado global, em meio ao congestionamento do seu blockchain e à preocupação com menos liquidez nos mercados de criptomoedas.

O token já recuou cerca de 6% até agora em maio, enquanto os indicadores da Bloomberg para ações globais, títulos e commodities mostram um desempenho mais estável, e o ouro saltou para um recorde.

As recentes dificuldades do Bitcoin contrastam com um salto de 72% no primeiro trimestre, que ofuscou as outras classes de ativos e gerou expectativas de uma nova fase de alta para o principal ativo digital, após a derrocada das criptomoedas em 2022.

Recentemente, o foco se voltou para os riscos específicos ao setor, incluindo um gargalo de transações no blockchain do Bitcoin, liquidez mais fraca nos mercados de ativos digitais e um cerco regulatório nos EUA.

“Estamos em um período desafiador agora”, disse Matt Hougan, diretor de investimentos da Bitwise Asset Management, em entrevista na Bloomberg TV. “No final, sairemos desse período com novas regras, com regulações mais claras e isso contribuirá” para um mercado de alta de vários anos, disse.

O Bitcoin caiu até 2% nesta quinta-feira, negociado abaixo de US$ 28.000. Tokens como Ether e Solana também recuaram.

Uma recente enxurrada de negociações na rede do Bitcoin, envolvendo tokens como Pepe, causou um gargalo que acabou pressionando a criptomoeda.

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“Os investidores podem estar preocupados com a confiabilidade e escala da rede do Bitcoin”, disse Stefan von Haenisch, chefe de vendas da OSL SG, em Singapura. “É importante observar que esses problemas não são necessariamente indicativos de uma vulnerabilidade no blockchain em si, mas na maneira como ele está sendo usado e mantido.”

Os dados do Blockchain mostram mais de 300.000 transações pendentes na rede do Bitcoin. A taxa média por transação foi de US$ 14 na quarta-feira, ante apenas 60 centavos de dólar no início de 2023, de acordo com a CryptoQuant.