Bitcoin chega a US$ 69 mil após divulgação de dados sobre inflação americana
O preço do bitcoin (BTC) subiu na manhã desta quarta-feira (10), após dados do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos mostrarem um forte aumento no preço de bens de consumo – alimentando o medo de investidores sobre a crescente inflação.
O bitcoin chegou a ser negociado acima de US$ 69 mil, após o Departamento ter dito que o índice de preços ao consumidor (IPC) teve seu mais rápido aumento desde 1990. O IPC – que rastreia o preço de bens e serviços, desde gasolina até aluguel – aumentou 6,2%, com um aumento mensal de 0,9%.
As ações, por outro lado, começaram as negociações hoje no vermelho, com o índice S&P 500 apresentando uma queda de 0,29%, no momento de publicação da notícia pelo The Block. Neste momento, o bitcoin está sendo negociado a US$ 68.494.
A criptomoeda há tempos é percebida pelos seus defensores como uma forma de contenção da inflação. O bilionário Paul Tudor Jones disse ao canal americano CNBC, em outubro, que vê o bitcoin como uma forma de proteção à inflação superior ao ouro.
“Evidentemente, há espaço para cripto. Evidentemente, [cripto] está ganhando a corrida contra o ouro neste momento”, disse ele.
De modo semelhante, o gigante JPMorgan publicou uma nota, no mês passado, em que dizia que investidores institucionais percebiam o bitcoin como uma “melhor proteção à inflação que o ouro”.
De qualquer forma, o aumento do preço do BTC observado nesta manhã ilustra o grau em que a criptomoeda pode ser impactada por forças do mercado tradicional.
“Mais e mais, os números da economia tradicional [irão afetar] os mercados de bitcoin [em um] período muito curto, com todas essas empresas participando agora”, disse um executivo de negociações do mercado ao The Block.
O preço do bitcoin está correlacionado
ao mercado de ações?