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Bitcoin (BTC): Segundo métricas, o momento é oportuno para compra

18 jun 2022, 18:00 - atualizado em 17 jun 2022, 16:23
Bitcoin (BTC) criptomoeda subir
Resumo diário sobre o Bitcoin, o mercado de criptomoedas e das finanças descentralizadas. (Imagem: Pexels/Ivan Babydov)

O Bitcoin (BTC) já esbarrou com duas grandes narrativas que justificariam sua adoção em massa, e por consequência sua valorização: moeda de troca e reserva de valor. Entretanto, durante esse bear market, os investidores institucionais parecem observar a criptomoeda muito mais como um ativo de risco e de tecnologia – vide a grande correlação com a Nasdaq.

Embora a criptomoeda seja prejudicada pela alta inflação nos Estados Unidos, assim como a grande maioria do setor “tech”, existem analistas que acreditam que a adoção da tese de reserva de valor pelo mercado pode ser um dos fatores ocasionadores de um possível “bull run”.

As métricas estão melhores que o preço

O mercado tradicional segue pessimista com o mercado cripto, entretanto, para muitos analistas, é esse pessimismo e o cenário macro que vem derrubando o mercado. Os fundamentos de valores permanecem o mesmo.

O gráfico de “Net Unrealized Profit/Loss” – que estima o total de lucros/perdas em Bitcoin detidos pelos investidores e não realizados [vendidos] – aponta que mesmo em tempos de recessão do mercado, somente neste mês entramos em fase de capitulação por parte dos investidores.

Gráfico de investidores que. mesmo com perdas, não realizaram (Imagem: Lookintobitcoin)

Antes disso, o mercado estava em fase de medo, mas otimista, de certa forma, e esperando pelo próximo ciclo de alta.

Outro gráfico que ilustra esse cenário é o de investidores que detém Bitcoin a mais de um ano, e não venderem.

Nesse gráfico é possível observar um aumento desde janeiro deste ano. No início do ano, a quantia de BTC no mercado que estavam parados a mais de um ano correspondiam a 57,55% do fornecimento.

Nesta quinta-feira (16), esse número alcançou os 65,40%. O indicador mostra a contagem de uma moeda somente se a mesma alcançar o período de um ano na carteira de um investidor.

O indicador mostra que uma grande quantia de bitcoins comprados em junho do ano passado – quando a cotação era US$ 38 mil – não foram vendidos mesmo durante a alta do final do ano, quando a criptomoeda atingiu sua máxima histórica de US$ 69 mil em novembro.

Gráfico de investidores de longo prazo x preço do Bitcoin. (Imagem: Lookintobitcoin)

Um ponto importante e acompanhar é o risco/retorno do bitcoin como uma reserva de valor, na visão dos investidores.

O gráfico utiliza informações baseadas em “Dias de Bitcoin”, que seria o número de dias desde que as moedas foram movidas de uma carteira de usuário para outra.

Quando a confiança é alta e o preço é baixo, há um risco/recompensa atraente para investir em Bitcoin naquele momento (zona verde). Quando a confiança é baixa e o preço é alto, o risco/recompensa não é atraente (zona vermelha).

Gráfico do preço do Bitcoin x risco e retorno como reserva de valor. (Imagem: Lookintobicoin)

Conforme o gráfico, no final de janeiro – começo do bear market, entramos na zona de melhor risco retorno para comprar bitcoin sobre a tese de reserva de valor – ou seja, segurar para longo prazo.

O que pode levar o Bitcoin a ser visto como reserva de valor pelo mercado?

Para Orlando Telles, sócio-fundador da Mercurius Crypto, o mercado funciona por narrativas. Nesse momento, a narrativa apresentada é a de que cripto está se comportando muito como o mercado de ações de tecnologia.

Essa é a leitura que hoje o mercado tradicional está fazendo em relação a cripto, e por consequência, como existem muitos institucionais do tradicional em cripto, a narrativa acaba refletindo no mercado também, conforme Telles.

Segundo o analista, à medida que esse mercado for amadurecendo suas próprias teses em relação ao Bitcoin e outros ativos, será possível ver uma descorrelação.

“Não saberia dizer se vai ser nesse ciclo, poderia ser um driver, mas acho algo pouco provável. O mercado ainda não interpreta o Bitcoin como um ativo de proteção, mas sim como um ativo em construção para ter essa finalidade usando tecnologia. Eu acredito que quando esse estresse do cenário macroeconômico for estabilizado veremos o mercado de cripto com uma certa descorrelação”, explica.

E no futuro, ele diz que, talvez ainda seja possível ver o mercado tradicional negociando “cripto como cripto”, e não como uma outra classe de ativos, que é o que acontece hoje.

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Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
leonardo.cavalcanti@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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