Bitcoin (BTC): Região de Portugal desmente adoção da cripto como moeda legal
Na semana passada, após participantes da conferência Bitcoin 2022, em Miami, terem sido apresentados ao arquipélago da Madeira, uma região autônoma de Portugal, alguns parecem ter ficado com a ideia errada: de que a região, assim como El Salvador, estava planejando tornar o bitcoin (BTC) uma moeda legal.
A distinção reconheceria legalmente a criptomoeda como uma forma aceitável de pagamento, para liquidar dívidas e pagar impostos. Porém, segundo um representante do presidente da região, Madeira não tem planos de fazer isso com o bitcoin.
Segundo o The Block, o comunicado feito durante a conferência foi confuso, pelo menos no modo como foi dito.
Logo antes de o presidente do governo de Madeira, Miguel Albuquerque, pisar no palco da conferência, o ex-diretor de estratégias da Blockstream, Samson Mow, provocou dizendo que a região iria “adotar o bitcoin”.
A fala de Albuquerque se deu após um comunicado à parte de que uma “Zona Econômica Especial” de Honduras, chamada Próspera, já reconhecia a criptomoeda como moeda legal.
Durante seu discurso, Albuquerque não fez comentários sobre tornar o bitcoin uma moeda legal. No entanto, portais de notícias, incluindo o The Block, chegaram a informar que a região autônoma portuguesa tinha planos de adotar o bitcoin como moeda legal.
Expectativas vão ‘por água abaixo’
Mas este não é o caso, disse o representante do presidente da Madeira, que acrescentou que “em nenhum momento foi dito que a região adotaria o bitcoin como moeda legal”.
Em sua participação na conferência, Albuquerque disse que as companhias que se instalam na região da Madeira pagam poucos impostos, de cerca de 5%. Isso é devido à Zona Franca da Madeira, estabelecida em 1980, para atrair investimentos do exterior.
O presidente da região autônoma também disse que não existe taxação sobre investimentos em bitcoin, o que também é válido no restante de Portugal.
O presidente da região autônoma da Madeira disse, ao jornal local Diário de Notícias da Madeira, que sua intenção era usar sua participação na conferência para promover o arquipélago como um polo de tecnologia atrativo. “Foi uma oportunidade que surgiu e tive de pegá-la”, disse Albuquerque ao jornal.