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Bitcoin (BTC): Por que criptomoeda cai após decisão do Fed?

22 mar 2023, 18:10 - atualizado em 22 mar 2023, 18:10
Bitcoin satoshi nakamoto
Opiniões dos especialistas convergem de forma unânime para a tese de que o Bitcoin estava “animado demais” (Imagem: Unsplash/Pierre Borthiry – Peiobty)

O Bitcoin (BTC) parece reagir de maneira negativa à decisão do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, nesta quarta-feira (22). A criptomoeda recua mais de 4% e é negociada no patamar de US$ 26.900.

A criptomoeda alterna movimentos de altas e baixas, tentando entender o impacto do novo aumento na taxa de juros dos Estados Unidos. Analistas comentam que a decisão já estava precificada.

As opiniões dos especialistas ouvidos pelo Crypto Times convergem em sua maioria para a tese de que o Bitcoin estava “animado demais”, e as quedas são respiros para novas altas. Ou seja, o mercado já estava demasiado positivo em relação à decisão de hoje.

Bitcoin (BTC) recua para buscar novas altas

Para Tasso Lago, especialista em criptoativos e fundador da Financial Move, o pronunciamento de Jerome Powell, presidente do Fed, foi bem positivo, mas a volatilidade de curto prazo é irracional.

“Lembrando que o Bitcoin saiu de US$ 20.000 para quase US$ 29.000 em dois ou três dias. É uma correção natural. A zona de suporte é de US$ 23.500 a US$ 25.500, e seria normal observar um recuo e lateralização nesse patamar para uma nova onda de alta”, avalia.

A visão de longo prazo é bastante positiva, diz o especialista. Ele aponta que o Fed não irá romper o teto de juros, e a política monetária seguirá menos agressiva.

Para André Franco, analista-chefe do Mercado Bitcoin, as quedas vão acontecer, pois são naturais. O cenário já estava bastante precificado, mas a volatilidade é normal.

Ele acredita que, nos próximos dias, o Bitcoin pode dar continuidade para novas altas.

Guilherme Sahadi, CIO da iVi Technologies, gestora de investimentos quantitativos, comenta que, inicialmente, o mercado apontou para cima com o tom do Fed, mas desabou na hora final com dados de que mais de 30% dos analistas precificaram já uma pausa.

“Adicionalmente, o uso de palavras como bumpy (que significa mercado com lombadas) e indicações de um mercado de crédito mais apertado, com menos acesso à liquidez, deu caminho para interpretações negativas para o mercado, principalmente seu impacto no consumidor”, analisa.

Sahadi reforça que comentários adicionais referentes a má gestão em bancos regionais, principalmente relacionados ao SVB, impactam o segmento de bancos, com o Índice S&P Banks caindo 5% ao fim do pregão.

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